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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Janeiro de 2020 às 21:28

Nosso fraco turismo


/MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
O Brasil recebeu 6,62 milhões de visitantes estrangeiros em 2018, o que na avaliação de especialistas, indica uma estagnação da procura pelo País como destino turístico internacional, deixando o Brasil, numa espécie de destino marginal, inexpressivo. Para o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (foto), "o Brasil tem potencial para multiplicar por 5 o seu fluxo turístico". O congressista afirma que "o governo Bolsonaro sabe disso e está priorizando ao máximo nosso turismo". Bibo Nunes é membro titular da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados e pretende, em 2020, intensificar no Parlamento as ações que busquem valorizar o turismo brasileiro.
O Brasil recebeu 6,62 milhões de visitantes estrangeiros em 2018, o que na avaliação de especialistas, indica uma estagnação da procura pelo País como destino turístico internacional, deixando o Brasil, numa espécie de destino marginal, inexpressivo. Para o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (foto), "o Brasil tem potencial para multiplicar por 5 o seu fluxo turístico". O congressista afirma que "o governo Bolsonaro sabe disso e está priorizando ao máximo nosso turismo". Bibo Nunes é membro titular da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados e pretende, em 2020, intensificar no Parlamento as ações que busquem valorizar o turismo brasileiro.
Exemplo francês
Só para que se tenha um comparativo, na França, apenas uma das atrações de Paris, o Museu do Louvre, foi visitada por 10,2 milhões de pessoas naquele mesmo ano, sendo 7,6 milhões de estrangeiros. O destino mais procurado por turistas estrangeiros é a França (89 milhões de pessoas por ano, aproximadamente).
Brasil menos que Argentina
Na região do Mercosul, o Brasil recebeu menos turistas do que a Argentina (6,94 milhões de desembarques internacionais em 2018). Visitam o País menos estrangeiros do que os que procuram o Irã (7,29 milhões) e a Ucrânia (14,20 milhões). Os três países, de certo, têm grande riqueza cultural e uma vasta oferta de atrações turísticas; algumas delas históricas, como no caso do Irã, mas igualmente as tem o Brasil.
Ações do Ministério do Turismo
Diversos fatores são citados e que levam o Brasil a esse inexpressivo resultado turístico. Entre eles, as não muito eficazes ações do Ministério do Turismo para alterar esse quadro vergonhoso para um país com clima favorável, o ano inteiro, variedade cultural riquíssima, belezas naturais incomparáveis e povo acolhedor como o brasileiro.
Violência urbana
De acordo com o barômetro da UNWTO, mostra em detalhes editorial do Estadão, há muitos países experimentando um boom no turismo internacional - incluindo países da América Latina como o México, o Peru e a República Dominicana. Já o Brasil está estagnado. Uma das principais razões para isso, não resta dúvida, é a violência urbana. Todas as semanas, turistas são assaltados e até mortos no Rio de Janeiro. Além disso, a ampla repercussão dos crimes na imprensa internacional que, sem dúvida, afasta outros potenciais visitantes.
Cancún brasileira
O governo federal prometeu dobrar o número de turistas estrangeiros no Brasil até 2022. É uma meta bastante arrojada, para não dizer impossível de ser atingida. Recentemente o Ministério do Turismo lançou a campanha "Brazil by Brasil", espalhando publicidade em várias cidades da Europa e dos Estados Unidos. O presidente Jair Bolsonaro fala em transformar Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em uma espécie de "Cancún brasileira", mas suas ações e palavras vão na direção oposta; ou seja, ele mais contribui para repelir turistas do que para atraí-los.
Turistas idosos e comunidade LGBT
Thomas Kohnstamm, autor do guia Lonely Planet Brasil, ao jornal The Washington Post, citou as declarações do presidente fazendo pouco caso da proteção do meio ambiente e desqualificando homossexuais como pontos que não contribuem para a valorização do turismo. Jair Bolsonaro revogou uma norma estabelecida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) para aprimorar a acolhida no País de turistas idosos, portadores de necessidades especiais e da comunidade LGBT, um dos mais ricos filões turísticos atualmente.
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