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Repórter Brasília

- Publicada em 24 de Novembro de 2019 às 22:57

Aliança sem economia

Apesar de não ter visto requerimento, Maia não descartou abrir comissão

Apesar de não ter visto requerimento, Maia não descartou abrir comissão


/EVARISTO SA /AFP/JC
O mercado recebeu o programa do partido Aliança para o Brasil como um balde de água fria na fervura. Como havíamos registrado na coluna, havia uma expectativa ansiosa de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fizesse, no lançamento de sua agremiação, na quinta-feira passada, um pronunciamento completo, contemplando, de forma enfática, as reformas econômicas e administrativas que estão em pauta.
O mercado recebeu o programa do partido Aliança para o Brasil como um balde de água fria na fervura. Como havíamos registrado na coluna, havia uma expectativa ansiosa de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fizesse, no lançamento de sua agremiação, na quinta-feira passada, um pronunciamento completo, contemplando, de forma enfática, as reformas econômicas e administrativas que estão em pauta.
Liberalismo e livre-iniciativa
Entretanto, o discurso oficial na assembleia de lançamento, pronunciado pela advogada paulista Karina Kufa, concentrou-se nos temas de costumes, esquecendo a economia. O lema em nada fala de liberalismo e livre-iniciativa, mas no bordão: "Deus, Armas e Oposição ao Comunismo". Ou seja: marca o território da disputa política da nova agremiação como antagonista do PT do ex-presidente Lula, apontado como o anticristo. Jair contra Lula.
Setor financeiro e agronegócio
Havia a expectativa de que algumas das propostas enunciadas pelo ministro Paulo Guedes para reformas do Estado e da economia entrassem no ideário da Aliança. Ao contrário, os discursos, tanto do presidente Jair Bolsonaro como dos demais seguidores, não tocaram nem de longe nessas questões que interessam aos produtores da indústria e do comércio. Setor financeiro e agronegócio ficam em expectativa.
Integração nas cadeias produtivas
Pelo contrário, a Ordem Soberanista, denominação ideológica apresentada pela porta-voz oficial do Aliança, ataca de frente um dos sonhos das classes produtoras, que é a globalização da economia de livre-mercado e a integração do Brasil nas cadeias produtivas mundiais. As demais teses do programa partidário são: respeito a Deus, respeito à memória e à cultura do povo brasileiro, defesa da vida e garantia da ordem e da segurança.
Sucessivas barreiras
A família Bolsonaro inicia, depois dessa cerimônia da quinta-feira, a corrida de obstáculos para registrar seu partido, a tempo de participar como legenda independente das eleições municipais de 2020. Com a data de 21 de novembro para contar o início da prova, o partido terá pouco mais de cinco meses para percorrer em alta velocidade as sucessivas barreiras da pista.
Líderes decidem sobre vetos
Os líderes dos partidos no Senado e na Câmara fecharam um acordo para votar, nesta terça-feira, vetos do presidente Jair Bolsonaro a projetos aprovados pelo Legislativo. Acordo prevê votação de 11 vetos. Referendaram a decisão o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ, foto); e o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO).
Estados e municípios
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou que o acordo prevê a votação dos vetos na terça-feira e, já na quarta-feira, a análise de 24 projetos de lei que abrem crédito no valor total de R$ 22,8 bilhões para órgãos dos Poderes Executivo e Judiciário, além de estados, Distrito Federal e municípios.
 
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