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Repórter Brasília

- Publicada em 14 de Outubro de 2019 às 22:09

O racha no PSL

Onyx Lorenzoni

Onyx Lorenzoni


LUIZA PRADO/JC
Não vai acabar bem essa briga entre os integrantes do partido do governo, que, a cada momento, fica mais acirrada. Sem dúvida, a crise é grave. O presidente Jair Bolsonaro anunciou que, por enquanto, fica no PSL. A cúpula do partido avalia a possibilidade de liberar o presidente Bolsonaro, os filhos dele - deputado Eduardo Bolsonaro (SP) e senador Flávio Bolsonaro (RJ) -, além de cerca de 20 parlamentares considerados infiéis para saírem da legenda, desde que abram mão do dinheiro do fundo partidário - a bagatela de R$ 8 milhões por mês, segundo o presidente do partido, Luciano Bivar. A sigla ensaia a expulsão de dois deputados: o gaúcho Bibo Nunes e o mineiro Alê Silva. A crise no PSL, segundo integrantes do governo, não vai interferir no apoio do Congresso. Para o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), os parlamentares sabem separar uma coisa da outra.
Não vai acabar bem essa briga entre os integrantes do partido do governo, que, a cada momento, fica mais acirrada. Sem dúvida, a crise é grave. O presidente Jair Bolsonaro anunciou que, por enquanto, fica no PSL. A cúpula do partido avalia a possibilidade de liberar o presidente Bolsonaro, os filhos dele - deputado Eduardo Bolsonaro (SP) e senador Flávio Bolsonaro (RJ) -, além de cerca de 20 parlamentares considerados infiéis para saírem da legenda, desde que abram mão do dinheiro do fundo partidário - a bagatela de R$ 8 milhões por mês, segundo o presidente do partido, Luciano Bivar. A sigla ensaia a expulsão de dois deputados: o gaúcho Bibo Nunes e o mineiro Alê Silva. A crise no PSL, segundo integrantes do governo, não vai interferir no apoio do Congresso. Para o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), os parlamentares sabem separar uma coisa da outra.
Movimento conspiratório
O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, diz que Bolsonaro tem muito a perder se deixar o PSL. Ele coloca a culpa da crise em um movimento conspiratório de alguns parlamentares, incluindo os filhos do presidente. Na opinião do líder, quem mais perde, em primeiro lugar, é o País; depois, o presidente. "O PSL é a Geni. Só o PSL é que tem os 53 deputados votando em todas as ações e defendendo em todos os cenários", destaca o Major Olímpio. O PSL, como a Geni da canção de Chico Buarque, "é boa para apanhar, é boa de cuspir. Mas bendita Geni", avaliou o senador. 
Postura conciliadora
Entre os filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro assume uma postura mais conciliadora, e, para aliados, pediu cautela antes de tomarem qualquer decisão. Já o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) usou as redes sociais para defender candidaturas independes, numa crítica aberta a partidos políticos.
Candidatos a prefeito
Enquanto os principais caciques atiram e ameaçam por todos os lados, quem fica no desespero são os candidatos a prefeito, que, se perderem a legenda do PSL e, ainda, ficarem sem a polpuda verba do fundo partidário, morrem na praia. Enquanto as discussões se ampliam, o Podemos, com uma bancada de 11 senadores no Senado, entre eles, o paranaense Alvaro Dias e o gaúcho Lasier Martins, segundo alguns congressistas, viram opção para dissidentes do PSL. A última filiação foi da juíza Selma Arruda, gaúcha eleita pelo Mato Grosso (MT), conhecida como "Moro de Saias", que abandonou o partido do presidente.
Superar divergências
"Para que não seja perdida uma oportunidade histórica de mudar o País", o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu, em São Paulo - emocionado, quando chegou a chorar duas vezes -, a unidade da direita que deve superar divergências. "Pelo amor de Deus! Temos as chances das nossas vidas para nunca mais permitir que essa gente (esquerda) volte e faça o que eles fizeram." O enfrentamento entre os apoiadores de Jair Bolsonaro e dissidências atingem fortemente até mesmo o PSL.
Rumo a tomar
No Parlamento, as reuniões são retomadas com intensidade nesta terça-feira. As manifestações dos congressistas poderão ser um termômetro do rumo que a crise do partido do presidente, que comanda o Palácio do Planalto, pode tomar nesta semana.
 
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