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Repórter Brasília

- Publicada em 02 de Setembro de 2019 às 21:45

O agronegócio como ele é

A maioria dos deputados da bancada gaúcha esteve, na última semana, participando da Expointer, em Esteio, onde conferiram a força do agronegócio do Rio Grande do Sul e os problemas que o setor enfrenta. Para um balanço da situação, conversei com o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), o gaúcho Alceu Moreira (MDB), que sintetizou a real situação dos produtores. O líder ruralista disse que o agro no Rio Grande do Sul, nesses últimos anos, com safras cheias, acaba tendo um valor proporcional do Produto Interno Bruto (PIB) muito significativo.
A maioria dos deputados da bancada gaúcha esteve, na última semana, participando da Expointer, em Esteio, onde conferiram a força do agronegócio do Rio Grande do Sul e os problemas que o setor enfrenta. Para um balanço da situação, conversei com o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), o gaúcho Alceu Moreira (MDB), que sintetizou a real situação dos produtores. O líder ruralista disse que o agro no Rio Grande do Sul, nesses últimos anos, com safras cheias, acaba tendo um valor proporcional do Produto Interno Bruto (PIB) muito significativo.
Custo mais caro
Para o parlamentar, "uma coisa importantíssima que está acontecendo nesses últimos tempos é que a tecnologia embarcada, que encarece muito o instrumental, os equipamentos, ela tem uma relação custo-benefício muito pesada. Então isso aumenta o volume de recursos, de dinheiro, porque custa mais caro".
Informação desencontrada
Na avaliação de Alceu Moreira, "a Expointer mostrou que o juro é muito elevado e, mesmo assim, os negócios cresceram 15%. O que significa dizer que alguma coisa na economia tem informação desencontrada".
Retomada da economia
Para Alceu Moreira, o produtor rural tem uma expectativa positiva futura em relação a isso. "Se tem uma venda de 15% a mais na Expointer, e se você trabalha com produto industrializado, é certo que a indústria vai ter que produzir 15% a mais." Então, na opinião do congressista, "isso significa, de certa forma, uma retomada da economia, o que não sublima todos os problemas que nós temos".
Arroz é o maior problema
"Aqui, no Rio Grande do Sul, com certeza, o arroz é o maior problema", afirmou Moreira, acrescentando que "o arroz está, em quatro anos consecutivos, com preço de custo maior do que o de venda". Argumenta que "os insumos do arroz são muito parecidos com os insumos do milho e da soja. E o arroz não é commodity, não tem o mesmo consumo. Então o produtor foi se endividando, se endividando, e, agora, ele não tem mais como plantar".
Subsidiar juros
"Nós estamos trabalhando", frisou o presidente da Frente da Agricultura e do Agronegócio, em relação ao Parlamento. Disse que "o Banco Central já comunicou, na semana passada, que em 8% ele consegue chegar, e nós, nesta semana, vamos tentar, por lá, ver se chegamos a 7%, para que os produtores possam ter acesso ao crédito". Só que tem um problema, alerta o deputado: "Tem um grupo de produtores que devem ao banco, e há outro grupo de produtores que já não estão mais no banco, já estão financiando com a revenda, e aí é preciso colocar isso também no processo de financiamento".
Juro compatível
Na opinião do parlamentar, "se não tiver uma solução para reintroduzi-lo no mercado produtivo, ou seja, conseguir juro compatível, fazer com que tenha acesso ao crédito, nós vamos fazer ao cidadão a maior injustiça que se pode fazer; é quebrar o cidadão com os silos cheios, quer dizer, ele produziu o máximo que ia produzir e mesmo assim quebrou".
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