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Repórter Brasília

- Publicada em 12 de Agosto de 2019 às 03:00

Sinal verde da Casa Branca

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. 

Em discurso, à tribuna, senador Lasier Martins (PSD-RS).

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Em discurso, à tribuna, senador Lasier Martins (PSD-RS). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado


/JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
Os Estados Unidos deram sinal verde para que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) assuma a Embaixada do Brasil em Washington. Fonte do Palácio do Planalto disse que a autorização chegou junto com uma nota escrita à mão pelo amigo Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Após a indicação formal do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que deverá ocorrer em breve, o nome será submetido ao Senado. A coluna ouviu os três senadores gaúchos.
Os Estados Unidos deram sinal verde para que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) assuma a Embaixada do Brasil em Washington. Fonte do Palácio do Planalto disse que a autorização chegou junto com uma nota escrita à mão pelo amigo Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Após a indicação formal do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que deverá ocorrer em breve, o nome será submetido ao Senado. A coluna ouviu os três senadores gaúchos.
Desmoralização do Itamaraty
O senador gaúcho Lasier Martins (Podemos), que antecipa que vai votar contra a indicação, argumenta que "a embaixada mais importante do Brasil é a dos Estados Unidos, tem que botar alguém experiente lá". Segundo ele, "é uma desmoralização do Itamaraty, que exige que o candidato faça curso no Instituto Rio Branco, passe por exames difíceis e fique sonhando chegar às grandes embaixadas, como Alemanha, Itália, França e Inglaterra, chegar à ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova Iorque, a Washington. Não simplesmente ser indicado".
Respeitar a tradição
Para Lasier, "por mais que haja esse estreitamento de relações de Bolsonaro com Trump, o indicado cai de paraquedas. Acho que tem que respeitar a tradição de valorizar os embaixadores. Vou votar contra no plenário".
Heinze apoia indicação
O senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP) justifica seu apoio à possível indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada nos EUA, dizendo que conhece bem Eduardo, que foi seu colega na Câmara dos Deputados. "Ele está completamente alinhado com as políticas liberais que nosso País tanto precisa." Reclama que, "diferentemente do que a imprensa ideológica de esquerda vem divulgando, ele tem preparo para exercer a função". Na avaliação de Heinze, além de ser o deputado federal mais votado do País, ser um político influente, ele possui excelente trânsito nas relações institucionais, desde o início do governo Trump. "Com certeza, esta relação vai beneficiar o Brasil nas negociações bilaterais com os americanos. O fato de ser filho do presidente só tende a contribuir nesta conexão."
Ideologicamente de esquerda
"Cabe ressaltar que a lista de diplomatas aptos para exercer a posição de embaixador traz nomes ideologicamente de esquerda", frisou Heinze, acrescentando: "Certamente o presidente pensou nisso antes de indicar o seu filho. Eduardo Bolsonaro está apto para exercer a função, e sua indicação faz a esquerda tremer".
Responsabilidade do Senado
Na opinião do senador gaúcho Paulo Paim (PT), o presidente terá dificuldade, para aprovação de Eduardo Bolsonaro no Senado. "É inegável que esta é uma questão que o Senado também é responsável. O Senado tem a obrigação de fazer um debate aqui que vá na linha, um debate de qualidade, um debate para um chanceler, um diplomata, um embaixador. Alguém que tem que provar a sua experiência na área."
Chance de passar
"No Senado, tudo pode acontecer", avalia Paulo Paim e cita como exemplo a reforma da Previdência. "A imprensa diz que o Senado só vai carimbar. Se o Senado chegar nessa linha, vai virar uma casa que somente bate o carimbo."
 
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