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Repórter Brasília

- Publicada em 17 de Junho de 2019 às 03:00

Longe de cobras

"De cobra, mesmo morta, se desvia", repete o ditado sertanejo à coluna um veterano político alagoano, comentando, desconfiado, a calmaria no campo da esquerda. No entender desse observador arguto, veterano das lutas políticas, a aliança derrotada nas últimas eleições não está lambendo as feridas, como se pensa. Ao contrário, suas bases extrapartidárias articuladas com as legendas estão recompondo seus canais de financiamento, esgotados depois que os subsídios e auxílios de governos fecharam as torneiras. Como no passado, quando não tinham acesso aos fundos oficiais ou empresariais, as organizações estão se rearticulando com seus apoiadores europeus e norte-americanos para se relançarem no quadro brasileiro.
"De cobra, mesmo morta, se desvia", repete o ditado sertanejo à coluna um veterano político alagoano, comentando, desconfiado, a calmaria no campo da esquerda. No entender desse observador arguto, veterano das lutas políticas, a aliança derrotada nas últimas eleições não está lambendo as feridas, como se pensa. Ao contrário, suas bases extrapartidárias articuladas com as legendas estão recompondo seus canais de financiamento, esgotados depois que os subsídios e auxílios de governos fecharam as torneiras. Como no passado, quando não tinham acesso aos fundos oficiais ou empresariais, as organizações estão se rearticulando com seus apoiadores europeus e norte-americanos para se relançarem no quadro brasileiro.
Movimentos sociais
Os chamados movimentos sociais, como MST e derivados, ou seus sucedâneos urbanos, estão de caixas vazios, depois que convênios e subsídios do governo federal secaram, na atual gestão do presidente Jair Bolsonaro. O primeiro sinal de que os grupos internacionais ligados a esses partidos estão trabalhando no sentido de mobilizar contribuintes vem da Suécia, onde um supermercado especializado em produtos naturais baniu alimentos de origem brasileira de suas gôndolas, alegando que o uso de agrotóxicos estaria envenenando esses produtos. Isto tende a se espalhar.
Comendo pelas bordas
É quase nada em valor, mas um sinal de que essas entidades estão comendo pelas bordas, entrando pouco a pouco. As denúncias contra o agronegócio constituem o cavalo de batalha, neste momento, para mobilizar os apoiadores internacionais da esquerda brasileira. As bandeiras de lutas sociais não emocionam as militâncias dos países desenvolvidos. Só servem para consumo interno.
Carta do Papa
É nesse mesmo sentido que esses observadores analisam os efeitos práticos da carta enviada pelo Papa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo com conteúdo evasivo, o simples fato de sua Santidade mandar sua benção aciona as entidades ligadas à Igreja Católica na Europa e nos Estados Unidos a irrigarem novamente as missões catequéticas e movimentos ditos populares (incluindo índios), conduzidos por padres católicos. A Teologia da Libertação ganha muito gás.
Reagrupando forças
Os estados do Nordeste, onde os partidos integrados na oposição têm governos e mantiveram íntegras suas bases eleitorais, estão acolhendo centenas de militantes deslocados do governo central para reagrupar suas forças com vistas às suas campanhas eleitorais. É daí que deve sair o salto de uma oposição efetiva, que irá, com certeza, reanimar o quadro político. Por enquanto as bases parlamentares do atual governo não têm adversários; tropeçam nas próprias pernas.
Briga de gente grande
As lideranças ruralistas, por seu turno, estão eufóricas com seus resultados estonteantes nas lavouras e no comércio exterior. De peito cheio, olhando o umbigo, autodenominando-se salvadores do Brasil. As imagens das pencas de automotrizes colhendo lavouras gigantescas, enchem os olhos. É uma fortaleza sólida, mas seus adversários estão afiando as foices (e martelos?) para retomar a ofensiva. Com dinheiro no bolso da esquerda, vai ser uma briga de gente grande.
 
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