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Repórter Brasília

- Publicada em 15 de Abril de 2019 às 22:00

Oposição sem força

As bancadas de oposição ainda não definiram seus rumos no Congresso Nacional, e, por enquanto, acompanham da poltrona os erros do governo. Na Câmara, a oposição soma 149 dos 513 parlamentares. No Senado, 20 dos 81. De um lado, as legendas contrárias ao governo não mostram qualquer estratégia de enfrentamento e, por outro lado, a guerra entre PT e outras agremiações só mostra a ausência de força da oposição.
As bancadas de oposição ainda não definiram seus rumos no Congresso Nacional, e, por enquanto, acompanham da poltrona os erros do governo. Na Câmara, a oposição soma 149 dos 513 parlamentares. No Senado, 20 dos 81. De um lado, as legendas contrárias ao governo não mostram qualquer estratégia de enfrentamento e, por outro lado, a guerra entre PT e outras agremiações só mostra a ausência de força da oposição.
Governo e oposição sem rumo
Na opinião do deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB, foto), "quando o governo não tem rumo, a oposição também não tem. Falta projeto, faltam propostas, o governo é muito conflituoso, não tem uma unidade, são deputados criticando o presidente, não tem uma união".
Um plano para o Brasil
A oposição não sabe por qual lado atacar, segundo Heitor Schuch. "O que a oposição precisa fazer é sentar, conversar, definir um plano para o Brasil e apresentar isso, inclusive, como alternativa para todos os projetos que o governo propõe, seja no tema previdenciário, na questão da Segurança Pública, da reforma tributária ou na economia", crê o deputado.
Conflito com a economia
Para o deputado Schuch, "está muito claro, está muito evidente que há um conflito no governo entre a economia e outros setores". Schuch argumenta que "a economia, por exemplo, está em uma briga constante com a agricultura. Por quê?", questiona o congressista, respondendo: "porque a agricultura quer desconto na energia elétrica, não quer aumento no combustível, e o ministro da economia está mais a serviço dos estrangeiros do que do governo Bolsonaro", acentuou.
Geração de gabinete
Parte das siglas paga o preço por causa do protagonismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Novas lideranças foram aniquiladas no caso do PT, e a bancada atual pode ser definida como "geração de gabinete". "A oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era totalmente diferente da de hoje, em que a maior parte dos líderes veio da burocracia partidária". O agravante é que, desde 2013, com as manifestações, os petistas perderam o monopólio das ruas. Dos candidatos do ano passado, enquanto Fernando Haddad (PT) hesita em assumir os mais de 47 milhões de votos em 2018, Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) buscam um maior espaço por sua vez, o PSB tenta se firmar como uma legenda de força no Congresso e nos estados.
Centrão no comando
Mais uma vez, o centrão dita os rumos. Em relação à Previdência, o mais importante projeto em discussão no País, a oposição e o próprio governo estão reféns do centrão, o grupo formado por DEM, MDB, PRB, PSD, PP e PR. Com a aprovação da reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o texto vai entrar na fase de mudanças mais fortes antes de chegar ao plenário. Levantamento da Levels Inteligência, a pedido do Correio Braziliense, mostra a dificuldade da oposição em ganhar espaço no debate sobre a mudança nas regras de aposentadoria.
 
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