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Repórter Brasília

- Publicada em 03 de Abril de 2019 às 22:13

Marcha dos Prefeitos a Brasília

A Marcha dos Prefeitos, marcada para começar em 8 de abril, tende a ser um ponto de inflexão no esquema de apoio à reforma da Previdência em curso no Congresso Nacional. Com as finanças falidas, as cidades, grandes e pequenas, não olham mais para a cor do lenço dos partidos quando o tema é aliviar os cofres públicos dos custos do passivo previdenciário. Pior que no setor privado, o setor público está em pânico.
A Marcha dos Prefeitos, marcada para começar em 8 de abril, tende a ser um ponto de inflexão no esquema de apoio à reforma da Previdência em curso no Congresso Nacional. Com as finanças falidas, as cidades, grandes e pequenas, não olham mais para a cor do lenço dos partidos quando o tema é aliviar os cofres públicos dos custos do passivo previdenciário. Pior que no setor privado, o setor público está em pânico.
Pressão de chefes do Executivo
O governo conta com a pressão de governadores e prefeitos para aprovar a reforma da Previdência. Só isto explica a calma do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que não se abala quando a imprensa ou plateias empresariais questionam a deterioração do quadro político em torno dessa questão. Bolsonaro diz que o Congresso terá de resolver, que ele fez sua parte enviando uma proposta tecnicamente aceitável para o Parlamento. É uma boa saída. Agora as demais forças interessadas que deem suas contribuições. Isto não é fácil. Por exemplo, o choque do governador da Bahia, Rui Costa (PT), com seus correligionários, demonstra bem o impasse. O governador mostrou aos parlamentares o quadro dramático do estado, deixou claro que se não fizer nada, o PT será varrido nas eleições municipais, e chamou os parlamentares à razão. Não foi bem recebido.
Manobras protelatórias
As bancadas oposicionistas, principalmente a da Câmara, dizem que terão melhores resultados eleitorais se inviabilizarem a reforma, embora isto leve ao desespero os governos dos estados que governam a ruína. O plano é travar a tramitação com seus trunfos regimentais. Obstruções, manobras protelatórias, tudo seria usado para desespero do governador. Rui Costa ponderou que gastassem suas energias em discursos ferozes, mas não trancassem o plenário, participando das votações e dando quórum para os projetos andarem.
Capacidade de negociação
Nos bastidores, os petistas poderiam usar sua força e a capacidade de negociações para amenizar ou, mesmo, desidratar o projeto. Então, embora os negociadores do governo, ministros Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni (DEM), estejam ativíssimos nestes dias, o presidente conta que os governadores produzirão uma onda gigantesca. Os dois vêm tendo bons resultados. Guedes, um neófito, saiu-se muito bem. Onyx recuperou-se com forte atuação nas negociações enquanto o presidente viajava para o Oriente Médio. Mas só isto não basta.
Penúria de estados e municípios
A arma estratégica de Bolsonaro, como disse o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), é a penúria dos estados e municípios que tendem a enquadrar a própria oposição na solução para os problemas do setor público, que, afinal, são divididos entre todos os partidos, da situação e oposição. Os primeiros vagalhões de tsunami estão para chegar em Brasília dia 8 de abril, quando se inaugura a Marcha dos Prefeitos. Milhares de burgomestres com pires na mão vão cobrar de seus deputados um pouco de sensatez. Com isso, serão alinhados os inquietos do situacionismo, os irados do centrão e também os petistas, psolistas e outros que têm contas a prestar nos municípios que sobraram nas últimas derrotas eleitorais.
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