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Repórter Brasília

- Publicada em 11 de Março de 2019 às 22:29

Políticos no controle

O governo articula a tramitação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Senado para mudar o chamado Pacto Federativo, acabando com as despesas obrigatórias e as vinculações orçamentárias. O anúncio foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o ministro, a proposta dará aos políticos 100% do controle sobre os orçamentos da União, de estados e municípios, e não deverá prejudicar a aprovação da reforma da Previdência.
O governo articula a tramitação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Senado para mudar o chamado Pacto Federativo, acabando com as despesas obrigatórias e as vinculações orçamentárias. O anúncio foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o ministro, a proposta dará aos políticos 100% do controle sobre os orçamentos da União, de estados e municípios, e não deverá prejudicar a aprovação da reforma da Previdência.
Assumir responsabilidades
Na opinião de Paulo Guedes, "os políticos têm de assumir as suas responsabilidades, as suas atribuições e os seus recursos. Eles são gestores públicos e sabem o desafio que têm. Hoje, o cara está sentado lá em uma prefeitura, no governo do estado, vendo subir isso, subir aquilo, sendo obrigado a fazer isso, a fazer aquilo, e percebendo que ele não manda nada. Eles têm de mudar isso, assumir o protagonismo".
'É liberal, não escamoteia'
O deputado federal gaúcho Giovani Feltes (MDB), ex-secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul, avalia que "o que tem de positivo na manifestação do ministro Paulo Guedes é que verdadeiramente ele é um liberal, se dizia liberal, tem formação liberal e é liberal - e isso é positivo, quer dizer, não escamoteia para lá e para cá. Mas ele já teve que retroceder, por exemplo, naquela questão da sobretaxa da importação do leite, que ela vinha cortando e, com a pressão, o governo voltou atrás".
Governo perdendo o encanto
"Eu vejo o governo perdendo muito o encanto." Segundo o deputado, "a gente espera que, agora, com a formação da Comissão de Constituição e Justiça na Câmara, as coisas comecem a andar um pouco mais. O fato é que o governo não tem focado naquilo que é o que mais interessa. E aí fica ou com manobras, declarações, oposições diversionistas, ou então chutando bola para fora do gol. E, lamentavelmente, eu vejo um certo desencanto, quer dizer, ainda há, com certeza, uma ampla maioria disposta a ajudar e a provar as coisas lá na Câmara dos Deputados, mas, se continuar esse desencanto, as coisas vão se complicando, pouco a pouco, as coisas vão se complicando. É isso o que eu tenho observado".
Reforma da Previdência
"Não, não, não. Não vejo nenhuma possibilidade de que as coisas aconteçam assim com a rapidez com a qual o governo conta", acentuou o deputado Giovani Feltes sobre a votação da reforma da Previdência, que "hoje tem uma favorabilidade para ser aprovada". A princípio, assinala o congressista, "o governo tem que mudar um pouco aquela discussão muito rasa. O governo faz muito discurso para os seus radicais. E isso tem feito com que aqueles que não são radicais se afastem dos outros. Tem trazido um certo desencanto, e tem feito um discurso só para satisfazer a sanha dos radicais e dos doentes, entendeu? E aí isso afasta os outros que estão dispostos a colaborar, porque eles estão achando que está meio demais o negócio".
 
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