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Repórter Brasília

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2019 às 22:42

Água fria nos belicistas

A atuação firme e elegante do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) na reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, foi um balde de água fria nas intensões dos belicistas que defendiam uma ação militar para obrigar o presidente Nicolás Maduro a permitir a entrada na Venezuela da ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos. Mourão foi duro com o ditador, mas descartou o uso da força para mudar o governo de Caracas. Em resumo, manteve o posicionamento de não intervenção em assuntos internos de outros países, política externa tradicional do Brasil nesses casos, desde os tempos do Barão do Rio Branco.
A atuação firme e elegante do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) na reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, foi um balde de água fria nas intensões dos belicistas que defendiam uma ação militar para obrigar o presidente Nicolás Maduro a permitir a entrada na Venezuela da ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos. Mourão foi duro com o ditador, mas descartou o uso da força para mudar o governo de Caracas. Em resumo, manteve o posicionamento de não intervenção em assuntos internos de outros países, política externa tradicional do Brasil nesses casos, desde os tempos do Barão do Rio Branco.
De 'brucutu' a diplomata
O general Mourão havia sido apresentado à mídia internacional, lá nos idos da campanha eleitoral, como um "brucutu" blindado. Entretanto, revelou-se um diplomata sofisticado, com palavras medidas. A comunidade internacional esperava uma fala contundente de apoio ao presidente norte-americano Donald Trump. Essa expectativa era baseada nas cenas do dia anterior, em que o chanceler brasileiro, ministro Eduardo Araújo, aparecera na fronteira ao lado do encarregado de negócios (embaixador de fato) dos Estados Unidos, Willian Popp, e da representante do governo rebelde Maria Teresa Belandría, como se estivesse abrindo caminho para uma entrada hostil em território venezuelano.
Afastando os ventos de guerra
No exterior, a fala de Mourão foi um anticlímax, pois esperava-se, erroneamente, que, ao entregar o comando da missão diplomática a um general tido como radical, o Brasil subiria um degrau, alinhando-se, automaticamente, com os Estados Unidos. Mas foi o contrário. O general gaúcho foi o diplomata de punhos de renda que afastou os ventos de guerra da América do Sul.
Influência na política externa
Nesse sentido, esta coluna já previa, ainda nos tempos da campanha eleitoral, que, em um futuro governo Jair Bolsonaro (PSL), os militares teriam grande influência na política externa. Repórter Brasília dizia, então: "a participação dos generais Hamilton Mourão e Augusto Heleno no futuro governo significa que a política externa poderá ter grande relevância na administração federal. Os dois têm em seus currículos atuações relevantes na área internacional. Heleno foi comandante no Haiti, e Mourão, na África. Esses são apenas dois exemplos da importância da participação de brasileiros em forças de Paz das Nações Unidas".
 
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