Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2019 às 21:59

Desafio de Alceu Moreira

Alceu Moreira (MDB)

Alceu Moreira (MDB)


LUIZA PRADO/JC
O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB) assumiu, oficialmente, na noite desta terça-feira, o cargo de presidente da disputada Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), um ente do Congresso Nacional que reúne cerca de 250 deputados e senadores, que, de alguma forma, se identificam com os temas do agronegócio. O comando da frente normalmente obedece a um rodízio entre os estados do Centro-Oeste, que são os maiores produtores de commodities do País. Entretanto, devido à renúncia da ex-presidente da frente, Tereza Cristina (DEM), para integrar o governo Jair Bolsonaro (PSL), o primeiro vice-presidente, Alceu Moreira, traz para o Rio Grande do Sul o comando da mais poderosa entidade do setor, na área parlamentar.
O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB) assumiu, oficialmente, na noite desta terça-feira, o cargo de presidente da disputada Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), um ente do Congresso Nacional que reúne cerca de 250 deputados e senadores, que, de alguma forma, se identificam com os temas do agronegócio. O comando da frente normalmente obedece a um rodízio entre os estados do Centro-Oeste, que são os maiores produtores de commodities do País. Entretanto, devido à renúncia da ex-presidente da frente, Tereza Cristina (DEM), para integrar o governo Jair Bolsonaro (PSL), o primeiro vice-presidente, Alceu Moreira, traz para o Rio Grande do Sul o comando da mais poderosa entidade do setor, na área parlamentar.
Grupo de pressão
Embora não constitua um órgão regimental, tal como os partidos e blocos, com direitos a participação nos plenários e votações, a FPA é reconhecida pelo Senado e pela Câmara dos Deputados como um grupo de pressão legítimo, uma entidade temática, como se diz no jargão parlamentar. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chamou a FPA para participar de seu governo com essa configuração extrapartidária, ainda antes do segundo turno das eleições.
Problema ambiental 
Alceu Moreira assume a direção da FPA com uma monumental ameaça à frente, focada em uma área muito conturbada do atual quadro político do País, que é o problema ambiental. Controlado por forças organizadas e atacado de frente pelo governo Bolsonaro, o passivo do pacote ambientalista está sendo jogado no colo dos ruralistas, apontados como inimigos do planeta por esses antagonistas. Nesse sentido, o parlamentar gaúcho encontrará, já agora em março, uma reunião de bispos católicos em Manaus, para a redação do documento Preparatório do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, que vai alimentar um evento marcado para outubro, no Vaticano, denominado Sínodo dos Bispos para a Amazônia. Embora seja um problema do Executivo, a carga da Igreja contra o agronegócio vai respingar fortemente na Frente Ruralista. 
Destruição da Amazônia 
A formação de uma opinião pública mundial contra a produção no Brasil é crescente, como anotou, em artigo no jornal O Estado de S. Paulo, o professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dennis Rosenfield. Neste domingo, a TV Brasil exibiu o último capítulo da série "A História Mundial", apresentada pelo jornalista inglês Andrew Marr. A mensagem final do apresentador foi de que a destruição da Amazônia será o fim dos tempos. Marr fazia essa previsão apocalíptica nos altos do Cristo do Corcovado, no Rio de Janeiro, mostrando que, lá embaixo, os brasileiros seriam os responsáveis pelo fim do mundo. Alceu Moreira terá de enfrentar esse tsunami de comunicação que ameaça a imagem e os mercados da produção rural brasileira. Mas ele está preparado para o embate.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO