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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Janeiro de 2019 às 22:52

Senado com renovação histórica

Paulo Paim

Paulo Paim


LUIZA PRADO/JC
O Senado retoma os trabalhos em fevereiro com renovação histórica, a maior desde a redemocratização. Mais de 85% das 54 cadeiras disputadas nas últimas eleições - ou seja, 46 - serão ocupadas por novos nomes. As eleições de 2018 proporcionaram a chegada de 21 partidos para o Senado. Segundo o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, é um fato inédito.
O Senado retoma os trabalhos em fevereiro com renovação histórica, a maior desde a redemocratização. Mais de 85% das 54 cadeiras disputadas nas últimas eleições - ou seja, 46 - serão ocupadas por novos nomes. As eleições de 2018 proporcionaram a chegada de 21 partidos para o Senado. Segundo o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, é um fato inédito.
Nove estreantes
O equivalente a duas das três cadeiras de cada unidade da Federação, 32 senadores disputaram a eleição, mas apenas oito conseguiram. Das 54 cadeiras em disputa, 46 serão ocupadas por novos senadores - quatro deles já passaram pelo Senado em legislaturas anteriores, 22 eram deputados federais e vão ocupar a vaga de senador pela primeira vez, 20 nunca tiveram mandato no Congresso Nacional, e, destes, nove são estreantes, jamais tinham ocupado um cargo eletivo.
Mudança mais profunda
O senador gaúcho Paulo Paim (PT) afirma que é um Senado novo. É a maior e mais consistente renovação da sua história. "São 54 senadores que estão entrando. Além disso, muitos não se reelegeram. Isso mostra que a população está querendo uma mudança mais profunda na forma de fazer política, onde os eleitos tenham compromisso com as pessoas." Para Paim, "essa expectativa existe, em todas as áreas. Esses senadores, que entram junto com aqueles que estão lá, terão, na verdade, o compromisso de fazer uma política democrática diferente".
Deixar o social de lado
Segundo o senador, a expectativa da população é que realmente se enfrentem questões como a saúde, a educação, a segurança, a própria corrupção e, ao mesmo tempo, mude tudo isso. "Uma das maiores preocupações que eu tenho", assinala Paulo Paim, "é deixar de lado o social. Ultimamente, eu não sei se você percebe, mas não se fala mais no social; se fala muito nesses temas que são importantes. Não falam no social, como fica de fato a situação do povo", pontuou.
Tamanho do Estado
Na opinião de Paim, "há pouco tempo, se via que a palavra de ordem era o tamanho do Estado, as contribuições para a União. O exemplo do presidente, de regime de capitalização (na Previdência) é assustador. O que é dito me parece que é tatuado principalmente para aqueles que estão chegando, de que o melhor regime seria o de capitalização".
Grande número de partidos
Outra dificuldade que pode impactar os trabalhos é o grande número de partidos com representação no Senado, que cresceu dos atuais 15 para 21. "É algo inédito na história do Senado. Porque uma coisa é fazer a reunião de líderes e sentarem ao redor da mesa 10 líderes empoderados pela sua bancada, outra é eu fazer essa mesma reunião de líderes com 21 representantes partidários, mais os líderes de blocos, mais o líder do governo, mais o líder da minoria, é quase a assembleia inteira. Então torna-se mais difícil viabilizar consensos", adiantou Luiz Fernando Bandeira.
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