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Repórter Brasília

- Publicada em 24 de Janeiro de 2019 às 22:49

Boa impressão de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) causou boa impressão, mas não atingiu seu objetivo diplomático em Davos. Para quem esperava da figura caricata de um ditador militar sul-americano de opereta, ele decepcionou: apresentou-se como um gentleman, bem vestido, um homem malhado e elegante; uma figura que nada fica a dever à imagem dos chefes de Estado do primeiro mundo. Já na meta de reavivar a confiança dos plutocratas mundiais no Brasil, deixou a desejar.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) causou boa impressão, mas não atingiu seu objetivo diplomático em Davos. Para quem esperava da figura caricata de um ditador militar sul-americano de opereta, ele decepcionou: apresentou-se como um gentleman, bem vestido, um homem malhado e elegante; uma figura que nada fica a dever à imagem dos chefes de Estado do primeiro mundo. Já na meta de reavivar a confiança dos plutocratas mundiais no Brasil, deixou a desejar.
Em ritmo de Twitter
O seu estilo político, moldado para atuar em ritmo de Twitter, falando com um público bastante simples, com nível de compreensão bem reduzido, suas falas telegráficas decepcionaram. Esperavam um populista clássico, no estilo verborrágico desses agitadores de massa. Entretanto, hoje, esses políticos têm perfil diferente: em vez de palanques, fazem sua comunicação por redes sociais, com limite de 240 caracteres por postagem, ou aquela mensagenzinha de voz no WhatsApp.
Nova sensação no cenário político
Bolsonaro fala pouco, aos trancos, com frases do tamanho de suas mensagens nas redes sociais. Decepcionou seus ouvintes, que lotaram o auditório em Davos para verem a nova sensação do cenário político mundial, ao vivo e a cores, ou em carne e osso, como se dizia.
Implosão da esquerda
Então havia a outra curiosidade, com o desembarque no templo do capitalismo mundial da comitiva do fenômeno político brasileiro, que chegava a Davos com a implosão da esquerda mais bem estruturada do Ocidente. Não se esqueçam que, na Europa, PSDB é considerado esquerda, assim como o PT, duas tendências da socialdemocracia. Fernando Henrique Cardoso (foto) e Luiz Inácio Lula da Silva foram os grandes nomes dessa vertente na virada do século XX para o XXI. Bolsonaro derrotou os dois. Seus soldados de Chicago, capitaneados por um banqueiro de fama mundial, Paulo Guedes, seria a grande sensação.
Reabilitar a credibilidade
Entretanto, o presidente foi muito lacônico, e o que ficou na cobertura da imprensa internacional resultou pouco convincente. Ou seja: ele não conseguiu ter uma atuação que reabilitasse a credibilidade do capitalismo mundial na recuperação do Brasil. Bolsonaro acertou ao falar sobre a criação de condições mais favoráveis aos negócios, mas será preciso trabalhar mais um pouco até que os banqueiros investidores botem a mão no bolso para gastar suas divisas no Brasil.
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