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Repórter Brasília

- Publicada em 28 de Novembro de 2018 às 22:23

Falta interesse no Mercosul

Heitor Schuch

Heitor Schuch


EDGAR LISBOA/ESPECIAL/JC
O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), um dos parlamentares brasileiros no Parlasul, faz uma análise do desempenho do Mercosul e do interesse dos governos no mercado integrado por Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. O parlamentar gaúcho avaliou que o governo não tem demonstrado um interesse maior no que diz respeito ao Mercado Comum do Sul.
O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), um dos parlamentares brasileiros no Parlasul, faz uma análise do desempenho do Mercosul e do interesse dos governos no mercado integrado por Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. O parlamentar gaúcho avaliou que o governo não tem demonstrado um interesse maior no que diz respeito ao Mercado Comum do Sul.
Brasil de joelhos
O parlamentar conta que faz um ano que participa do Parlasul, e tem visto que o Brasil "está de joelhos". Ele argumenta que "o Brasil é o maior país, a maior população, a maior economia, mas não dá a devida atenção para esse bloco econômico". Segundo Schuch, "o Mercosul hoje é muito bom para as empresas de São Paulo, que vende muitas coisas para os países vizinhos. É bom para a indústria do turismo do Nordeste Brasileiro, do Rio de Janeiro, mas ele é péssimo para os três estados do Sul, porque nós produzimos as mesmas coisas que eles, eles concorrem conosco em vantagens porque eles não têm custo de produção menor", acentuou.
Acordos não são cumpridos
O acordo do Mercosul diz que o bloco vai vender para Argentina, Paraguai e Uruguai: máquinas, motores, equipamentos e tecnologias sem impostos, reclama o deputado do PSB, e cita um exemplo: o governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio de uma emenda da Bancada Gaúcha, comprou tratores de cem cavalos a R$ 107 mil. No mercado, esse trator vale R$ 200 mil financiado no banco. Pois então, explica o deputado, "para os produtores uruguaios, paraguaios e argentinos, esse trator chega lá também a R$ 107 mil, enquanto o nosso produtor paga R$ 200 mil". Para Heitor Schuch, "nós estamos alimentando os nossos vizinhos com tecnologia e com equipamentos nossos, pela metade do preço do que paga o produtor nacional. Ou a gente dá uma revisada muito urgentemente no Mercosul, e o governo brasileiro toma as rédeas dessa discussão, ou nossos produtores do setor primário, do trigo, do arroz, do leite e seus derivados, do vinho, nós vamos acabar sucumbindo dentro desse mercado comum que foi estabelecido há 25 anos".
Parlamento deve se posicionar
Na opinião de Heitor Schuch, "o governo brasileiro atual não faz, e o futuro não sinalizou para isso. Nós, que temos 22 deputados federais brasileiros que vão lá juntamente com os senadores brasileiros na reunião do Parlasul, nós temos que fomentar esta discussão". Segundo o deputado, "talvez eles não tenham se apercebido ainda da grandeza dessa questão, e da importância estratégica que tem esse assunto."
Não podemos ficar de costas
Schuch chama atenção para o fato de que Santa Catarina, em época de férias, tem um brasileiro para dois argentinos. "Eles vêm trazendo muito dinheiro, eles vêm e locam casas, prédios; fazem as férias, vêm realmente para fazer do nosso turismo algo que eles acabam deixando dinheiro em Uruguaiana, São Gabriel, Pantano Grande, quando eles vão pousar de noite na casa das pessoas", argumenta.
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