O deputado federal gaúcho Luis Carlos Heinze (PP) foi o candidato mais votado do Rio Grande do Sul para o Senado. Estava em quinto lugar nas pesquisas e saltou para primeiro, com duas ações bem planejadas pela equipe de estrategistas do gabinete. A primeira foi explicitar o que ele já havia anunciado anteriormente, sem alarde: declarar apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições. Em coletiva de imprensa, não deixou dúvidas de seu alinhamento com o deputado, e os números rapidamente começaram a melhorar. O segundo ponto foi a conscientização dos grupos de trabalhos, formados por ruralistas e ações via WhatsApp, chamando a atenção para o fato de que, com a saída de Ana Amélia (PP) do Senado para ser a candidata a vice-presidente de Geraldo Alckmin (PSDB), o setor ficaria sem tribuna na defesa dos interesses do agronegócio e do produtor rural.
Sem defesa
Lembraram, também, e disseminaram intensamente nas redes sociais que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT) não estava disputando vaga no Senado; Ronaldo Caiado (DEM) estava em campanha para ser governador do Goiás (vencendo no primeiro turno); Kátia Abreu (PDT) tem mais quatro anos de mandato, mas não está tão dedicada como estava anteriormente na defesa dos produtores rurais. Outro representante do agronegócio, Waldemir Moka (MDB), do Mato Grosso do Sul, enfrentava dificuldades na reeleição - confirmadas, pois ele não se elegeu. Assim, os produtores rurais gaúchos caíram na real e começaram a trabalhar intensamente na viabilização da reeleição de Luis Carlos Heinze, que é o novo senador pelo Estado. Paulo Paim (PT) se reelegeu, e Lasier Martins (PSD) tem mais quatro anos de mandato.
Novo visual
O Partido dos Trabalhadores está mudando de cara. Os militantes petistas estão deixando as camisetas "Lula Livre", que eram vestidas pelo presidenciável Fernando Haddad (PT) e demais lideranças da legenda, para, com o objetivo de buscar os eleitores de centro, vestir uma indumentária mais chique, terno alinhado. As coisas mudam.