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- Publicada em 14 de Junho de 2022 às 03:00

Déficit de professores nas universidades

Deputado 1 Jerônimo Goergen - crédito Vinicius Loures - Câmara dos Deputados

Deputado 1 Jerônimo Goergen - crédito Vinicius Loures - Câmara dos Deputados


/VINICIUS LOURES/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
As dificuldades enfrentadas pelo Ensino Superior são cada vez maiores. As universidades federais têm um déficit de cerca de 11 mil professores e técnicos. Os números constam em documento que o Ministério da Educação (MEC) enviou no final de maio ao Ministério da Economia. O MEC calcula que dos 8.373 cargos de docentes prometidos às universidades, só 4.644 foram, de fato, autorizados.
As dificuldades enfrentadas pelo Ensino Superior são cada vez maiores. As universidades federais têm um déficit de cerca de 11 mil professores e técnicos. Os números constam em documento que o Ministério da Educação (MEC) enviou no final de maio ao Ministério da Economia. O MEC calcula que dos 8.373 cargos de docentes prometidos às universidades, só 4.644 foram, de fato, autorizados.
Dificuldades para laboratórios
São vagas para atender graduações criadas na última década, como de Medicina, ou na expansão de cursos já existentes, mas os cargos não foram autorizados pelo governo federal. Com isso, as instituições suspendem aulas, convocam docentes voluntários, deslocam professores de um campus a outro, e relatam dificuldades para usar laboratórios.
Meta: 33% dos jovens nas universidades
O esforço terá que ser grande para que seja cumprido o objetivo fixado em lei, ou seja, uma das metas para a educação é ter 33% dos jovens no Ensino Superior até 2024. Hoje são 23,8%.
Revisão da universidade pública
Na opinião do deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP, foto), "as universidades públicas, atualmente, acabam tendo mais um debate político ideológico, do que um papel de pesquisa". Ele defende uma revisão da universidade pública na sociedade. "Isso é uma situação que a gente lamenta muito, ao depender de orçamento público, qualquer instituição tem dificuldade", acentua o parlamentar. O congressista defende que há necessidade de um debate sobre qual o retorno do aluno que ganha sua formação da universidade. "Não há esse retorno."
Trabalho comunitário
Para Goergen, o aluno poderia dar um retorno em forma de trabalho comunitário. "Por exemplo, o aluno que se forma médico na Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) pode dedicar pelo menos uma hora por dia para retribuir. Ou também abrir a possibilidade daquele aluno que tem condições financeiras, remunerar a faculdade. A universidade pública deveria ter um papel de se concentrar mais nas pesquisas", defende o congressista.
Comprar vagas nas universidades
Além disso, na visão de Jerônimo Goergen, "o governo poderia comprar vagas nas universidades privadas muito mais baratas do que numa estrutura pública. Com isso, remuneraria o privado e diminuiria o custo do Estado. Para isso, precisaria uma revisão da universidade pública na sociedade. Essa é a leitura que eu tenho, senão o salário passa a ser problema. As pessoas querem mais salários e têm esse direito, os valores não são repostos e as universidades acabam com esse déficit de professores e técnicos", diz o congressista.
Eleitor deve escolher projetos
O ex-presidente Michel Temer (MDB) fez uma avaliação do momento político do País ao Programa do Bial. Questionado se a eleição está decidida ou se haverá uma virada de Jair Bolsonaro (PL) sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respondeu: "Difícil de dizer. Ainda tem quatro meses pela frente para saber o que pode acontecer. É muito tempo. Espero que aconteça a melhor escolha, quem tiver que escolher que escolha projetos e não pessoas, e quem for eleito que assuma e cumpra o mandato da melhor maneira possível".
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