Pela primeira vez na pandemia, Porto Alegre terá hospital de campanha

Porto Alegre receberá até sexta-feira, dia 12 de março, a estrutura para a instalação de um hospital de campanha do Exército Brasileiro, que ficará junto à entrada do Hospital da Restinga. A montagem está prevista para iniciar às 10h. Parte dos equipamentos começam a chegar nesta quinta-feira, dia 11, na Base Aérea de Canoas. As informações são da prefeitura da Capital.

Esta será a primeira vez na pandemia que Porto Alegre terá um hospital de campanha para atender casos de Covid-19.

A estrutura terá três barracas que vão abrigar 20 leitos, sendo quatro de UTI (que poderão ser ampliados até o limite dos leitos instalados). A montagem e guarda serão feitas pelos militares do Comando Militar do Sul, já a prefeitura vai fornecer as equipes médicas e os equipamentos hospitalares.

Ainda não há definição de data para o início das operações nem de quantos profissionais serão destinados ao atendimento no local. A estrutura, que estava em Manaus, é composta por módulos em barracas feitos para serem montados rapidamente, permitem abrigo total e têm capacidade de climatização, o que permite atender pacientes de maior gravidade.

Conforme a prefeitura, o contato com o Exército, via Comando Militar do Sul, possibilitou a medida de apoio no enfrentamento à pandemia em Porto Alegre e novas estruturas poderão ser solicitadas, caso seja identificada a necessidade. Não há prazo definido para a permanência do hospital de campanha em Porto Alegre.

O termo "hospital de campanha" tem origem militar e representa a estrutura que pode ser montada fora de um hospital propriamente dito, em área remota e em situações emergenciais e temporárias. Essa expertise do Exército tem sido adaptada para o combate ao novo coronavírus em todo o mundo.

Em abril passado, o governo do Estado preparou um plano para a ampliação de leitos hospitalares e a construção de hospitais de campanha. O governo informa que a opção foi por ampliar a capacidade dos locais já existentes para atendimento da população em relação à Covid-19 e, no momento, não há perspectiva de instalação de hospitais de campanha por parte do Estado.

Além disso, afirma que as frentes de trabalho estão focadas em aumentar a disponibilidade de vacinas e na conscientização do momento crítico, de alerta máximo com taxa de ocupação de 106% dos leitos de UTI (dado do dia 11 de março). Ainda segundo o governo, o número de leitos no Rio Grande do Sul foi ampliado em 137%, passando de 933 em março de 2020 para 2.214 atualmente. Nos próximos 15 dias, serão implementados 183 leitos adultos de terapia intensiva para atender pacientes Covid no Estado.