Liminar concedida na manhã desta quarta-feira, dia 4 de novembro, suspende "a autorização para remoção ou nova intervenção" no Guapuruvu, árvore nativa com mais de 25 metros de altura localizada na Rua 24 de Outubro, em Porto Alegre. A liminar foi concedida pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva. No despacho, a juíza sustenta que "os galhos que eventualmente ofereciam risco já foram podados".
Em 2019, um galho da árvore caiu e atingiu um carro que passava pela via. Por estar em terreno particular, um laudo privado orientou para o
corte do Guapuruvu, com autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams). O corte, iniciado no fim de outubro, foi suspenso após mobilização de moradores que questionaram o ato.
Na tarde de terça-feira, em resposta a ofício protocolado pela Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA-RS), o titular da Smams, Germano Bremm, comunica que mantém autorização para a remoção da árvore. Ancorado em comunicado do Ministério Público, justifica que a permanência do Guapuruvu "implica em riscos de acidentes pela queda de galhos em local de grande circulação de pessoas e veículos” e orienta para “a remoção do restante da árvore, com a maior brevidade possível".
Diante da iminência do corte, o pedido de liminar foi protocolado no mesmo dia. Entidades criticam a justificativa, já que todos os galhos da árvore foram removidos na tentativa de corte em outubro. Biólogos ligados a movimentos ambientalistas alegam que o vegetal está saudável e não representa mais risco. Ainda, recomendam acompanhamento que indicará se épossível a regeneração da árvore.