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Opinião Econômica

- Publicada em 10 de Maio de 2021 às 21:20

Planejar a aposentadoria, sim ou sim

Marcia Dessen
Planejadora financeira CFP (Certified Financial Planner), autora de Finanças pessoais: o que fazer com meu dinheiro
Planejadora financeira CFP (Certified Financial Planner), autora de Finanças pessoais: o que fazer com meu dinheiro
Poupar para a aposentadoria é um desafio, e, quanto antes estivermos dispostos a planejar essa fase da vida, menor será o esforço e maiores serão as chances de sermos bem-sucedidos nesse propósito.
São muitas as variáveis a considerar, muitas delas difíceis de serem determinadas, circunstâncias que ampliam a complexidade e a seriedade desse projeto.
Longevidade: Estamos vivendo mais e queremos nos aposentar mais cedo. Assim, será maior o tempo durante o qual viveremos dos rendimentos do patrimônio que formos capazes de acumular durante a fase ativa de nossas vidas.
Por conseguinte, maior deverá ser o patrimônio acumulado. Para lograrmos esse intento, devemos dedicar boa parte de nossos rendimentos para o futuro desde o primeiro salário. O quanto antes iniciarmos a acumulação desses recursos, menor será o esforço.
O risco de vivermos mais do que o nosso patrimônio é um motivo de grande e verdadeira preocupação. Um bom e precoce planejamento pode minimizar esse risco.
Inflação: Nosso poder de compra diminui ao longo do tempo em razão do aumento do custo de vida. Uma taxa de inflação média de 6% ao ano dobra o custo de vida em aproximadamente 12 anos. Esse é um risco nada desprezível e deve ser considerado no planejamento da aposentadoria.
Para evitarmos sermos surpreendidos no futuro, com pouco ou nenhum tempo para reverter erros do passado, é importante considerarmos os impactos da inflação tanto na estimativa dos gastos estimados para nossa subsistência quanto na projeção dos rendimentos provenientes do patrimônio ao longo dos anos.
Ritmo de saques: O patrimônio que será formado ao longo da vida ativa será vital para bancar nossas despesas futuras. Embora seja esse o propósito, resgatar alta percentagem dos ativos anualmente, especialmente nos primeiros anos da aposentadoria, aumenta a probabilidade de exaurir o patrimônio prematuramente.
Para evitarmos esse risco, e na medida do possível, é recomendável reduzir o valor e a frequência dos saques na fase inicial da aposentadoria, mantendo o capital investido e crescente com o recebimento dos juros e rendimentos.
O planejamento de sacar apenas os rendimentos mantendo o capital preservado, dentro das possibilidades de cada um, reduzirá o risco e permitirá que a longevidade do patrimônio acompanhe a nossa.
Despesas com saúde: A longevidade não será uma bênção se não tivermos saúde e qualidade de vida. Portanto, devemos ser realistas e prudentes na projeção dessas despesas. Além do valor do plano de saúde, não podemos nos esquecer de gastos adicionais eventualmente não cobertos pelo seguro, tais como despesas com cuidadores e medicamentos.
Riscos inesperados: Circunstâncias não planejadas, como eventuais perdas patrimoniais ou o retorno à casa de um membro da família, podem alterar o nível do patrimônio e das despesas.
Fatores externos, como alteração nas regras de tributação, tanto de patrimônio quanto dos investimentos, também representam riscos para os quais nós devemos nos preparar, mantendo uma boa margem de erro nas projeções realizadas.
Se enganam aqueles que evitam pensar no assunto e adiam o planejamento da aposentadoria. Deixar para pensar no assunto mais tar- de é uma decisão que po- de comprometer seriamente o alcance desse objetivo tão importante.
Planejar a aposentadoria, com responsabilidade e dedicando toda a atenção e o cuidado que esse projeto de vida merece, aumenta as chances de uma vida longeva, feliz e saudável.
Marcia Dessen
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