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Opinião Econômica

- Publicada em 14 de Março de 2021 às 21:20

Nem muito, nem pouco, o suficiente

Opinião Econômica: Marcia Dessen

Opinião Econômica: Marcia Dessen


/ARQUIVO/JC
Marcia Dessen
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Planejadora financeira CFP (Certified Financial Planner)
Levante a mão quem gostaria de parar de trabalhar a partir de certa idade e desfrutar a vida, viajar, se dedicar a um hobby ou a uma causa, sem se preocupar com dinheiro.
Certamente é o desejo de muita gente, o problema é que a maioria não sabe de quanto precisa para executar esse plano.
Alguns trabalham muito, durante muito tempo, mais do que seria necessário, e acumulam dinheiro demais. Vão morrer ricos, com muitos bens, um patrimônio invejável e herdeiros felizes. A Receita Federal também ficará contente ao arrecadar um generoso imposto sobre herança.
Na contramão desse perfil, estão os que vivem o presente, desfrutam de cada momento, dando pouca importância aos custos, não se preocupam com o futuro, vivem como se não houvesse o amanhã.
Tendem a gastar quase tudo o que ganham, satisfazendo todos os desejos, destinando parcos recursos para o futuro. Quando não forem mais capazes de trabalhar, serão forçados a reduzir dramaticamente o padrão de vida.
Se forem prudentes, vão se dar conta de que é preciso planejar o futuro, estimar a quantidade de recursos necessária, nem muito, que sacrifique o presente, nem pouco, que comprometa a qualidade de vida no futuro, mas o suficiente, para viver a vida que desejam.
Planejar a vida, depois as finanças, permitirá conhecer em tempo, ainda na fase dos 30, 40 anos, que capital deve ser acumulado para garantir um futuro confortável.
Imagine uma caixa-d'água, com torneira de entrada e de saída, onde está guardado todo o dinheiro que poderemos gastar sempre que quisermos ou precisarmos. Todos os nossos ativos líquidos estão nessa caixa, investimentos em geral, não importa o nome ou tipo do produto.
Talvez tenhamos dinheiro fora dessa caixa, a diferença é que só poderemos usá-lo quando vendermos esses ativos. O imóvel residencial é um bom exemplo desse tipo de ativo.
Existe um fluxo de dinheiro entrando nessa caixa, como o nosso salário, que vai cessar, um dia. Mas existe, também, um fluxo futuro de dinheiro que vai começar a entrar nessa caixa, por exemplo, o benefício social quando nos aposentarmos ou os rendimentos de ativos financeiros ou outros ativos que geram renda.
E, claro, há três fases de gastos, as três torneiras principais que tiram dinheiro dessa caixa:
1) A torneira do estilo de vida atual, as despesas necessárias antes da aposentadoria, assumindo que ainda trabalhamos.
2) A torneira da aposentadoria ativa, fase de desfrutar e se divertir enquanto estivermos saudáveis e pudermos fazê-lo. Que seja longa essa fase.
3) A torneira da fase posterior, de menor atividade, quando acharmos que estamos velhos demais para nos divertirmos.
4) Ocasionalmente, haverá a torneira de uma despesa extra para bancar um único evento extraordinário.
O que vai acontecer com a sua caixa de dinheiro? Do ponto de vista do planejamento financeiro, é o que importa. Não se preocupe com os detalhes, como a escolha do melhor investimento, basta saber o que vai acontecer com o nível de dinheiro da sua caixa.
É provável que aconteça uma de duas coisas: a) sua caixa ficará vazia, não haverá dinheiro suficiente para bancar o estilo de vida desejado; ou b) sua caixa vai continuar enchendo e não ficará vazia nunca, o que significa que você deixou de fazer coisas porque não sabia que podia.
O conselho é estimar o que vai acontecer com o nível de dinheiro da sua caixa ao longo do tempo, assegurar que as finanças vão por um bom caminho, em tempo, fazer os ajustes necessários para não faltar, nem sobrar, ter o suficiente para viver a vida, do jeito que quiser viver, até o fim da vida.
Marcia Dessen
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