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Opinião Econômica

- Publicada em 23 de Agosto de 2020 às 22:14

O brilho do ouro


ARQUIVO/JC
Marcia Dessen
Planejadora financeira CFP (Certified Financial Planner), autora de 'Finanças Pessoais: o que fazer com meu dinheiro'
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O primeiro semestre de 2020 foi desafiador e testou o limite dos investidores, e tudo indica que o teste continuará em razão de muita incerteza ainda por vir.
Os conservadores decepcionados com o desempenho da renda fixa que se atreveram a buscar rendimento em ativos de maior risco sentiram na pele o significado de risco e devem estar repensando o que é mais importante para eles, segurança ou rentabilidade.
Investidores moderados ou agressivos, teoricamente afeitos a riscos, tiveram a oportunidade de conferir seus limites de tolerância. O Ibovespa caiu 30% só no mês de março e, mesmo depois de alguma recuperação, fechou o semestre com queda de quase 18%.
Dois ativos brilharam nesse período, dólar e ouro, com valorização de 36% e 53%, respectivamente. Ambos são ativos que tendem a se valorizar em períodos de risco elevado e funcionam como proteção, contribuindo para minimizar eventuais perdas das carteiras, já que seus preços tendem a subir enquanto os de outros ativos caem.
Símbolo de riqueza, o ouro é um metal nobre, raro e valioso, que tem diversas aplicações industriais. Como investimento, tem perfil defensivo, pois é mais lembrado em períodos de grandes crises e utilizado para proteger a carteira de investimentos.
No Brasil, a cotação do grama do ouro em reais é calculada com base na cotação da onça do metal, em dólar, na Bolsa de Nova York, multiplicado pela cotação do dólar em reais.
É possível investir em ouro comprando contratos à vista na B3, disponíveis em três tipos: o lote-padrão de 250 g (OZ1D) e os contratos fracionários de 10 g (OZ2) e de 0,225 g (OZ3), com preços mais acessíveis, mas de menor liquidez.
Os custos são semelhantes aos praticados no mercado de ações: corretagem, emolumentos e custódia. Consulte sua corretora para saber quais são os custos transacionais.
Outra forma de investir é aderir a fundos de investimento especialmente constituídos para aplicar em ouro e, também, fundos multimercado que investem parte do patrimônio nesse ativo.
Também é possível comprar ouro físico, em barras, em instituições que comercializam o metal. Mas pense bem antes de optar pela guarda do metal em casa. Além de correr risco de perda ou roubo, o investidor terá custos adicionais na hora de vender as barras.
Como elas estão fora de ambiente oficial e seguro de custódia, terão de passar por um procedimento de reavaliação do teor de pureza para determinar seu valor e voltar ao mercado.
Em termos de tributação, os contratos de ouro negociados em Bolsa contam com o mesmo incentivo fiscal do mercado de ações.
O ganho de capital apurado em vendas de até R$ 20 mil a cada mês é isento da incidência do Imposto de Renda. E não concorre com a isenção sobre as ações, assim o investidor pode alienar R$ 40 mil por mês, R$ 20 mil em ouro e R$ 20 mil em ações, com isenção de Imposto de Renda sobre o ganho de capital.
A regra se aplica somente às operações de ouro "ativo financeiro", que são os contratos negociados em Bolsa. Não é válida na venda de barra de ouro físico, considerada "mercadoria", nem nos rendimentos apurados em fundos de investimento, tributados segundo as regras aplicáveis aos fundos de renda fixa.
Investimento em ouro tem riscos associados. É recomendado como instrumento de proteção, com alocação entre 5% e 10% da carteira, somente para investidores que tenham conhecimento e perfil de risco compatível.
Marcia Dessen
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