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Opinião Econômica

- Publicada em 04 de Novembro de 2019 às 20:31

Kylie Jenner

Opinião Econômica: Nizan Guanaes

Opinião Econômica: Nizan Guanaes


/Arquivo/JC
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Empreendedor, fundador do Grupo ABC
As novas gerações consomem mídia de um jeito muito diferente das gerações que as antecederam. Isso não é novo. A essência do mundo é mudar.
O diferente agora é o ritmo acelerado das mudanças. Basta comparar o tempo que levou para imprensa, rádio e TV se expandirem pelo mundo e o tempo muito menor que as mídias digitais levaram para chegar à posição dominante de hoje entre os jovens.
Se cultura, para boa parte da população adulta, continua sendo livro, filme, novela, artes, imprensa e os profissionais que os produzem, para novas gerações, o consumo de cultura está muito mais ligado a vídeos de poucos minutos e uma personalidade digital no YouTube, no Instagram, no Twitter ou no TikTok. São plataformas livres, abertas e diversificadas. E, por isso, muito mais capazes de criar conteúdo e audiência.
Podemos gostar ou não desse fenômeno, mas negá-lo é querer tapar o sol com um bloqueador de sinal digital.
E não é só na cultura, mas nos negócios também.
Em 2008, aos 23 anos, Marck Zuckerberg tornou-se o bilionário (não herdeiro) mais jovem do mundo. Ele não é exatamente uma estrela das mídias digitais, mas o dono da maior delas, o Facebook, com mais de 2 bilhões de usuários -ele é dono ainda do Instagram, do WhatsApp e de outras coisas que ainda nem sabemos.
Já a bilionária (não herdeira) mais jovem do mundo, Kylie Jenner, já é fruto da revolução digital lançada por Zuckerberg e colegas do Vale do Silício. Por isso mesmo, ela conseguiu alcançar o clube do bilhão aos 21 anos, ainda mais jovem do que Zuckerberg.
Jenner montou uma máquina de fazer fama e dinheiro em cima das redes sociais com um modelo de negócios exponencial tão moderno quanto as mais inovadoras startups. O número de funcionários é proporcionalmente inverso à sua imensa legião de seguidores (perto de 120 milhões). Ela começou a ganhar fama cedo no reality de sua família, "Keeping up with the Kardashians", que estreou quando ela tinha dez anos.
Empreendedora nata, uma startup humana, Jenner abriu sua empresa de cosméticos há quatro anos, investindo US$ 250 mil acumulados com a carreira de modelo. Bombou sua marca (sua pessoa) nas redes, terceirizou a produção e começou um negócio de maquiagem que, em 2018, faturou US$ 360 milhões.
Assim como Zuckerberg, ela prova que as novas tecnologias podem produzir não só ódio e polarização mas também riqueza e desenvolvimento. As ferramentas são novas, mas a lógica dos negócios, nem tanto.
O ato principal da geração de riqueza tanto para Zuckerberg quanto para Jenner foi a criação de um público cativo, uma audiência imensa com a qual é possível se comunicar e fazer negócios imensos.
O que mudou e segue mudando são as formas e a velocidade de construir essa audiência cativa. Jenner já tinha criado seu imenso público antes de lançar seus produtos, como haviam feito Jane Fonda, Xuxa, Angélica e outras celebridades empreendedoras.
O que vale para esses novos empreendedores vale para as empresas, novas ou velhas: não há sucesso sem público. E, para conquistar esse público, não bastam bons serviços e produtos. Van Gogh morreu na miséria. Para criar seu público, só há um caminho: comunicação.
Na era da comunicação, empresas, organizações e lideranças que precisam nutrir seus públicos têm ferramentas incríveis à disposição. Mas a alta velocidade das mudanças pode dificultar o entendimento. Os riscos são muitos.
Estabelecer as suas verdades e só depois estabelecer o diálogo é um caminho seguro para seguir. Os aprendizados serão transformadores. Os resultados, também.
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