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Opinião Econômica

- Publicada em 26 de Agosto de 2019 às 21:27

Algo de novo no ar

Opinião Econômica: Nizan Guanaes

Opinião Econômica: Nizan Guanaes


/Arquivo/JC
Há algo de novo no céu da Califórnia. E não é apenas o cheiro da maconha legalizada. Tampouco o peso inquestionável da tecnologia. A revolução é na forma de pensar, multiplicada por mil pela tecnologia.
Há algo de novo no céu da Califórnia. E não é apenas o cheiro da maconha legalizada. Tampouco o peso inquestionável da tecnologia. A revolução é na forma de pensar, multiplicada por mil pela tecnologia.
A tecnologia hoje é barata e acessível. Por que tantas organizações e indivíduos vão ficar para trás? Mindset, como bem mostra Carol Dweck no seu livro "Mindset, A Nova Psicologia do Sucesso", recomendado por Bill Gates no seu Gates Notes.
Passei a semana passada na Califórnia, e nesta década de sete dias me informei de maneira exponencial. Fui ao Singularity e depois a evento sobre o futuro em Stanford. Ambas as programações começavam às 7h da manhã e iam até a noite. Chego ao aeroporto de Los Angeles exausto e pleno.
Nunca na história da humanidade houve tanto avanço. E isso não é estória com E, é história com H. As pessoas das futuras gerações viverão muito mais que 120 anos, o ser humano chegará a outros planetas, órgãos humanos serão substituídos por novos modelos, carros serão autônomos, robôs brotarão por toda parte criando coisas incríveis e problemas inomináveis.
Vou com fé em Deus voltar no ano que vem para estudar inteligência artificial, realidade virtual, dados e mineração de dados -aprofundar num programa mais extenso o que vi comprimido numa semana. Vou estudar o incompreensível, pois, como diz Alexandre Mandic, se você está entendendo, é porque não está prestando atenção.
As pessoas esperam que o futuro chegue penteado e arrumadinho. O futuro vai chegar pelos fundos, sem modos e bem petulante. O futuro é desconcertante. Quem esperaria o general Villas Bôas, um herói do Brasil, de dedicação absoluta à nação, defender o uso medicinal do canabidiol?
Isto é o futuro. E ele não dá trégua a nenhum setor. Os dinossauros serão soterrados se resistirem e não se transformarem.
Eu decidi não ter medo do futuro. Ele nos traz muita ansiedade. Mas, se você usar o "design thinking" para resetar o seu negócio e a sua vida, esse futuro é uma espetacular oportunidade, como mostram unicórnios brasileiros que começam a despontar nas asas de empreendedores geniais e investidores angelicais.
Não estamos falando de tecnologia, mas de como pensar sem custos, sem tanta hierarquia, sem perda de tempo, fazendo e aprendendo e consertando pelo caminho, desafiando de peito aberto o sistema, o protocolo, a regulamentação.
Num país como o Brasil, onde o SUS não dá conta da própria demanda, onde pacientes enfrentam filas por até um ano para receber atendimento, tem sentido não permitir a telemedicina? É por aí que o futuro virá, por debaixo da porta, pela fresta da luz, para atender a uma demanda não atendida e resolver um problema insolúvel com uma solução que será óbvia depois de pronta.
Tô exausto, futuro. Acordo às 5h da manhã para estar em forma e correr atrás de você. E só com o app Blinkist (que resume os livros do momento) consigo ler tudo o que tem que ler, sem falar em tudo de série que tem que ver, de fazer ginástica com Peloton, usar Allbirds, ver o TED de Vancouver e depois fazer Mindfulness para se desconectar de tudo isso!
A tradição do mundo é mudar. Cabe a nós decidir se queremos nascer ou morrer com ele. E, se o futuro é tech, a grande plataforma é a plataforma mental: a atitude.
Nesse evento de conhecimento em Stanford, meu colega de classe era o Bill Gates. E ele tomava nota de tudo no seu caderninho. Atitude, esse é o melhor software, mostra o rei do software. Portanto, pare de ficar com medo, respire fundo e siga em frente porque há algo de novo no ar.
Empreendedor, fundador do Grupo ABC
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