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Opinião Econômica

- Publicada em 09 de Junho de 2019 às 21:59

Forex, mantenha distância

Opinião Econômica: Marcia Dessen

Opinião Econômica: Marcia Dessen


/ARQUIVO/JC
Marcia Dessen
Pessoas e instituições vêm oferecendo, ilegalmente, aplicações de Forex no Brasil, atuando como uma espécie de agente local de corretoras estrangeiras, captando clientes e recursos para viabilizar aplicações no exterior.
Pessoas e instituições vêm oferecendo, ilegalmente, aplicações de Forex no Brasil, atuando como uma espécie de agente local de corretoras estrangeiras, captando clientes e recursos para viabilizar aplicações no exterior.
Muitas vezes, são pessoas que nada entendem desse mercado, fazendo apenas a captação de investidores locais com disposição para aplicar dinheiro, atraindo-os com a promessa de uma rentabilidade maior, de lucro fácil e ganho certo.
Nessa atividade de propaganda, utilizam todos os meios disponíveis, mas priorizam a divulgação pela internet, com páginas especializadas, fóruns de discussão, chats e e-mails de marketing, entre outros.
A partir de consultas e reclamações recebidas, é comum que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) identifique ofertas irregulares de investimento no mercado Forex, feitas por instituições não autorizadas a atuar no mercado de valores mobiliários brasileiro.
Essas ofertas, recheadas de promessas de alta rentabilidade, têm atraído investidores que nem sempre estão cientes das características e, especialmente, dos riscos envolvidos nessas negociações, e que, frequentemente, enfrentam problemas para recuperar os valores investidos, descobrindo que, na verdade, foram vítimas de fraudes.
O alerta trata, especificamente, dos derivativos baseados em pares de moedas estrangeiras, comumente conhecidos como Forex. A operação simulada por esses derivativos é a compra de uma determinada moeda, com simultânea venda de outra, por exemplo compra de dólar e venda de iene.
Além de muito volátil, por envolver a variação de duas moedas estrangeiras, a operação trabalha com alavancagem, multiplicando o potencial de ganho e de perda.
Em uma alavancagem de 100:1, por exemplo, é possível realizar uma operação envolvendo a variação cambial de US$ 100 aplicando apenas US$ 1, depositado como margem.
Essa estrutura permite realizar maiores lucros, mas possibilita maiores perdas também. A lógica é a mesma, a alavancagem multiplica o valor do investimento, assim como os resultados, positivos ou negativos.
A CVM alerta para o fato de que o Forex e operações assemelhadas se baseiam meramente em especulação sobre o preço dos ativos subjacentes, não existindo garantias ou lastro em produção industrial ou oferta de serviços.
É uma operação parecida com um jogo, uma aposta, e, como tal, viciante, prendendo a atenção do investidor como um passatempo e levando-o a perder dinheiro sem perceber.
Até agora, nenhuma instituição está devidamente autorizada a atuar no mercado de Forex no Brasil. Assim, quem decidir investir nesse tipo de ativo estará lidando com pessoas ou instituições não registradas na CVM ou no Banco Central, o que traz riscos adicionais para o seu investimento, tais como:
Fraude: o investidor pode ser vítima de um golpe de pessoas inescrupulosas. Sem o registro na CVM ou no Banco Central, não há garantia de que o corretor ou a empresa exista ou que possua a identidade que afirma ter.
Dificuldade de obter ressarcimento em caso de prejuízo: como os ofertantes estão, normalmente, no exterior, será muito mais difícil localizar os autores do dano e identificar o prejuízo causado.
Operações não autorizadas e roubo de dados pessoais: além de eventualmente provocar a perda dos recursos do investidor, pessoas mal-intencionadas podem utilizar indevidamente os seus dados para realizar operações não autorizadas.
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