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Opinião Econômica

- Publicada em 20 de Maio de 2019 às 21:45

ETF de renda fixa IMAB-11

Opinião Econômica: Marcia Dessen

Opinião Econômica: Marcia Dessen


/ARQUIVO/JC
Marcia Dessen
Lembra-se de "E.T., o Extraterrestre", filme de 1982 dirigido pelo Steven Spielberg que conta a história de um simpático alienígena perdido na Terra que consegue retornar ao seu planeta com a ajuda de Elliot, um menino de 10 anos?
Lembra-se de "E.T., o Extraterrestre", filme de 1982 dirigido pelo Steven Spielberg que conta a história de um simpático alienígena perdido na Terra que consegue retornar ao seu planeta com a ajuda de Elliot, um menino de 10 anos?
Agora acrescente um F e teremos ETF, ou Exchange Traded Funds, fundos de índices negociados em bolsas de valores. A brincadeira sugere que você conhece o primeiro, mas não o segundo.
Um ETF é uma espécie de fundo, com uma carteira diversificada de ativos, mas se diferencia dos fundos tradicionais porque suas cotas são negociadas em bolsa, por intermédio de uma corretora, mesmo procedimento das transações de compra e venda de ações. Vale a pena conhecer, pois é uma maneira fácil de investir, com baixo custo.
A novidade é que o IMAB-11 é um ETF de renda fixa, administrado pelo Itaú, e replica a carteira do IMA-B, índice calculado pela Anbima que reflete a carteira teórica dos títulos públicos indexados à inflação.
Quem investe ou quer investir parte da carteira em ativos de longo prazo atrelados à inflação buscando proteger o capital contra perdas inflacionárias tem algumas alternativas: comprar títulos públicos ou privados atrelados a índices de preços ou aderir a fundos de investimento com esse mesmo objetivo. Agora, será possível, também, comprar o ETF IMAB-11.
Trata-se de uma carteira diversificada de Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), ou Tesouro IPCA , título público emitido pelo Tesouro, corrigido pela variação do IPCA mais uma taxa prefixada de juros.
A carteira teórica do ETF reúne 14 NTNs, de vários vencimentos, com prazo médio de 7,4 anos e taxa de juros média de 4,31% ao ano. O peso de cada título no índice é definido pelo valor de mercado dos ativos.
Liquidez: diferentemente dos fundos de investimentos tradicionais, quando o investidor deseja sair da aplicação, vende suas cotas em bolsa em vez de solicitar resgate ao administrador. A liquidez, quantidade de transações de compra e venda, dependerá do interesse de novos compradores. Como se trata de um ETF novo, ainda não é conhecido o índice de liquidez desse ativo.
Tributação: os cupons semestrais de juros dos títulos da carteira serão reinvestidos automaticamente, evitando o pagamento antecipado do Imposto de Renda (IR), maximizando o retorno do investidor. A alíquota do IR é 15%, qualquer que seja o prazo da aplicação, desde que o prazo médio da carteira do fundo seja superior a dois anos.
O come-cotas semestral não se aplica, não incide IOF em aplicações de prazo inferior a 30 dias e o Imposto de Renda será retido na fonte.
Custo: a taxa de administração do IMAB-11 é 0,25% ao ano, bem inferior à dos fundos tradicionais que investem em ativos atrelados a índices de inflação. Entretanto, existem outros custos, como taxa de corretagem e taxa de custódia, definidas e cobradas pela corretora. Consulte o custo total com sua corretora antes de operar.
O custo de quem investe no Tesouro Direto é menor, taxa de custódia da B3 de 0,25% ao ano, mas compete ao próprio investidor administrar a carteira.
Risco de mercado: o valor da cota pode flutuar refletindo ganho ou perda, em razão da valorização ou desvalorização dos ativos da carteira derivada da flutuação da taxa de juros prefixada desses ativos.
Quem compra a NTN-B no Tesouro Direto tem a prerrogativa de ignorar a flutuação de preço e esperar o dia do vencimento para resgatar o título e receber exatamente a taxa de juros que comprou. No ETF, essa possibilidade não se aplica.
Planejadora financeira CFP, autora de "Finanças Pessoais: O Que Fazer com Meu Dinheiro"
 
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