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Opinião Econômica

- Publicada em 29 de Janeiro de 2019 às 23:12

Previdência, Previdência, Previdência

Opinião Econômica: Nizan Guanaes

Opinião Econômica: Nizan Guanaes


/Arquivo/JC
O Brasil não precisa pacificar os ânimos para voltar a crescer e se desenvolver. É o contrário. O Brasil precisa voltar a crescer e se desenvolver para o país se acalmar e avançar.
O Brasil não precisa pacificar os ânimos para voltar a crescer e se desenvolver. É o contrário. O Brasil precisa voltar a crescer e se desenvolver para o país se acalmar e avançar.
Já vimos esse filme antes e espero vê-lo de novo agora.
Investimentos represados por causa da recessão e do ciclo eleitoral começam a sair das planilhas de gestores e empreendedores - nacionais e estrangeiros.
A presença do novo governo em Davos transmitiu à comunidade empresarial e financeira do planeta a mensagem básica de que a busca das reformas e do equilíbrio das contas públicas é prioridade inescapável e inadiável.
Previdência, Previdência, Previdência é o enredo do início de governo, a reforma seminal que deixará a pista pronta para o País evoluir. Não é fácil, não é agradável - é necessário.
Nossas mães cuidaram bem da gente com medidas amargas. Vá tomar banho, vá estudar, desligue a TV... Mas, para serem boas mães, precisaram de competência para comunicar a necessidade dessas medidas.
O governo parece já ciente de que a única forma de aprovar a reforma da Previdência é comunicar de forma clara e convincente que as mudanças nas aposentadorias combaterão distorções e privilégios insustentáveis e pavimentarão o caminho para o progresso de todos.
Este é o papel da comunicação pública no tensionado mundo político hoje: ajudar as democracias a progredir de forma justa e sustentável com medidas duras, porque este é um mundo de medidas duras.
Os avanços na área econômica do último governo ajudam. Numa notícia alvissareira, perdida no turbilhão eleitoral de 2018, o Brasil avançou 16 posições, do 125º para o 109º lugar, no ranking do Banco Mundial que compara o ambiente de negócios em 190 países. Reforma trabalhista, crédito facilitado e redução do tempo para abrir empresas foram fatores de melhora. No comércio exterior, o País avançou 33 posições, da 139ª para a 106ª colocação, com medidas de baixo custo como o uso de tecnologias digitais.
Nossa pior colocação no ranking, um 184º lugar, foi na área tributária. Seguimos o país onde as empresas gastam mais tempo para calcular e pagar tributos: 1.958 horas por ano em média! Na Argentina, são 311 horas/ano; no México, 240.
Como esse ranking deixa claro, o caminho é reequilibrar o Estado e destravar a capacidade privada de empreender e investir, melhorando o ambiente de negócios. O novo governo prometeu isso abertamente na campanha. Agora tem força e legitimidade para implementar sua agenda econômica diante das históricas resistências (naturais numa democracia). O jogo para valer começa agora no Congresso.
Sou empresário e convivo com muitos outros que, como eu, estão na expectativa de que a economia possa voltar a crescer de forma consistente, tendo em conta o aprendizado com os erros e os acertos recentes.
Eu quero acreditar no Brasil que dá certo, no Brasil que forjou a oitava economia do planeta: a roda gira nesse sentido, não há outro. Já perdemos tempo demais.
Mudanças já estão ocorrendo, resultado de eleições livres e democráticas. Vencedores e derrotados das eleições devem agora encontrar formas de ajudar o Brasil -lembrando que a oposição é parte fundamental da engrenagem democrática.
O Brasil não precisa pensar igual, ele precisa pensar. O Brasil não precisa sentir igual, ele precisa sentir. O Brasil não precisa trabalhar igual, ele precisa poder trabalhar.
Temos inflação controlada, menor juro básico da história, reservas recordes, confiança em alta. Agora vamos bater na mesma tecla: Previdência, Previdência, Previdência.
Publicitário, fundador do Grupo ABC
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