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Opinião Econômica

- Publicada em 23 de Setembro de 2018 às 21:42

Raio-X do investidor brasileiro

Opinião Econômica: Marcia Dessen

Opinião Econômica: Marcia Dessen


/ARQUIVO/JC
Marcia Dessen
A Anbima, comprometida com a educação financeira do brasileiro, conversou com pessoas de todo o País para conhecer os hábitos de poupança e investimento da população. Com a ajuda do Datafolha, coletou informações importantes para entender o comportamento e as motivações do investidor.
A Anbima, comprometida com a educação financeira do brasileiro, conversou com pessoas de todo o País para conhecer os hábitos de poupança e investimento da população. Com a ajuda do Datafolha, coletou informações importantes para entender o comportamento e as motivações do investidor.
Segundo Ana Leoni, superintendente de Educação da Anbima "para termos uma atuação mais efetiva em educação financeira, precisamos conhecer a fundo o comportamento da população e as motivações dos investidores na hora de aplicar dinheiro." Ponto para a Anbima.
A pesquisa recebeu o nome de "Raio-X do investidor brasileiro" e será repetida anualmente para monitorar as intenções de investimento não apenas em relação às aplicações financeiras, mas também quanto à aposentadoria e aos motivos que levam as pessoas a não fazerem reserva financeira.
A pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros não conhece e não utiliza produtos de investimento. Em respostas espontâneas, sem opções de escolha, apenas 45% da população disse conhecer um ou mais produtos, com destaque para a poupança, citada por 32%.
A pesquisa revela um fato curioso. Para os brasileiros, investimento é um conceito muito mais amplo, e vai muito além dos produtos financeiros. Embora apenas 9% tenham feito aplicações financeiras, 25% disseram ter investido em 2017. Para eles, a compra de bens duráveis como carro e moto, negócio próprio, compra ou quitação de imóveis e estudos, é investimento.
Embora essas formas de investir sejam legítimas, a pesquisa revelou que poucos se preocupam em ter e manter uma reserva financeira, importante para preservar o patrimônio e a qualidade de vida em períodos de diminuição de renda, como a perda de um trabalho ou a chegada da aposentadoria.
Segurança é a principal razão para investir. A maioria (54%) dos que investem em produtos financeiros buscam segurança. Se somarmos aos 12% que querem tirar o dinheiro sem prejuízo em caso de necessidade - e portanto, estamos falando de segurança, o percentual aumenta para 66%.
Rentabilidade aparece em segundo lugar (16%), distante da principal finalidade que move os investidores: segurança. Assim, fácil entender a preferência absoluta pela poupança, que acolhe os recursos de 89% dos investidores. A previdência privada, segunda e distante opção dos investidores, tem 6%.
A pesquisa investigou como os brasileiros estão se preparando para a aposentadoria e os resultados mostram que o planejamento financeiro não é uma realidade para a maioria da população.
Quase metade (47%) se aposentará com os recursos da Previdência pública (INSS). Outros 28% continuarão trabalhando e os recursos virão do salário; 12% não sabem de onde virá o dinheiro para o sustento na aposentadoria.
Conversa, ao vivo, com o gerente ou agente, acompanhado do tradicional cafezinho, ainda é a forma preferida dos brasileiros (44%) que buscam informação sobre investimentos. Amigos e parentes (33%), sites de notícias (29%), consultorias de investimento (17%), aplicativos (9%), entre outras, também foram citados.
Você se identificou com a pesquisa? Espero que faça parte da minoria que investe, que planeja e se preocupa com o futuro, e busca ampliar o conhecimento sobre as alternativas de investimento e como fazer escolhas adequadas. Ainda não investe? Seja bem-vindo ao clube e comece ainda hoje. Conte comigo (e minhas sementinhas semanais) para te motivar e inspirar.
Planejadora financeira CFP ("Certified Financial Planner"), autora de "Finanças Pessoais: O Que Fazer com Meu Dinheiro"
 
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