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Opinião Econômica

- Publicada em 24 de Agosto de 2018 às 01:00

Expointer abre de olho no protecionismo e nas eleições

A 41ª Expointer abre neste sábado, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, em clima de otimismo contido. Fatores externos e internos levam incerteza ao campo. No capítulo das relações internacionais, uma série de barreiras sanitárias e tarifárias, quase sempre de caráter protecionista, impõe severo castigo ao produtor brasileiro, visto por muitos mercados, por sua pujança e competitividade, como uma ameaça permanente.
A 41ª Expointer abre neste sábado, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, em clima de otimismo contido. Fatores externos e internos levam incerteza ao campo. No capítulo das relações internacionais, uma série de barreiras sanitárias e tarifárias, quase sempre de caráter protecionista, impõe severo castigo ao produtor brasileiro, visto por muitos mercados, por sua pujança e competitividade, como uma ameaça permanente.
Ainda no plano externo, preocupa a disputa comercial entre Estados Unidos e China. A anunciada redução das compras de soja norte-americana pelos chineses, em represália à sobretaxação, pelo presidente Donald Trump, de uma gama de produtos fabricados no país de Xi-Jinping, pode significar um aumento de importação do grão colhido no Brasil. Pode, mas não dá para apostar. Estados Unidos e China são as duas maiores potências econômicas do mundo e, em algum momento, devem chegar a um acordo. Por isso, aumentar a produção para surfar na onda do momento é arriscado. Tudo pode mudar.
No cenário interno, as eleições, que têm sacudido os mercados financeiros e a cotação do dólar, igualmente preocupam. O Brasil enfrenta a disputa eleitoral mais imprevisível desde a redemocratização - poucos ousam apostar no que sairá das urnas em 28 de outubro de 2018.
O que se espera, no entanto, do próximo presidente da República é que, se ele não puder ajudar, pelo menos não atrapalhe. O agronegócio aprendeu a caminhar com as próprias pernas e só precisa de crédito - algo que não tem faltado nos últimos anos - e, claro, de melhoria na infraestrutura rodoviária, ferroviária e portuária para escoar, a custos razoáveis, as riquezas que o campo produz.
O agronegócio responde por mais de 20% do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) e é o único segmento da economia que vem apresentando sucessivos resultados positivos nos últimos anos. A força da produção no campo está expressa no ranking das vendas externas. O Brasil é o maior exportador de soja e, recentemente, deixou em segundo lugar os Estados Unidos na produção do grão. Mesmo com as frequentes barreiras comerciais impostas por países que temem o crescimento da exportação de proteína animal brasileira, somos também os primeiros em vendas externas de frango e carne bovina.
Ao Brasil foi destinada a nobre e desafiadora missão de contribuir de forma decisiva para alimentar o mundo. A safra de grãos 2017/2018 será a segunda maior da história, com algo em torno de 230 milhões de toneladas. Ano a após ano, a colheita se multiplica muito mais pelo aumento da produtividade do que pela ampliação da área plantada, o que remete aos permanentes investimentos em biotecnologia e na oferta de soluções inovadoras pela indústria de máquinas e implementos agrícolas.
Cabe destacar também a inestimável contribuição da agricultura familiar na formação e distribuição de riquezas. A pequena propriedade alimenta a cidade e é a que mais gera empregos no campo. Não por acaso, as pequenas agroindústrias ganharam um espaço de destaque no parque Assis Brasil. Desde que foi integrado à Expointer, o Pavilhão da Agricultura Familiar passou a ser visita obrigatória.
Por esse elenco de conquistas do produtor rural, a Expointer 2018 deve, mais uma vez, entregar ao povo gaúcho e aos visitantes de outras regiões do Brasil e do mundo um espetáculo de integração entre campo e cidade durante nove dias.
 
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