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Olhar da Fé

- Publicada em 27 de Abril de 2022 às 15:46

Cristãos: quem são?

Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre
Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre
O livro dos Atos dos Apóstolos destaca o crescimento da comunidade dos discípulos e das discípulas de Jesus Cristo, e o modo como viviam.
Inicialmente a comunidade era formada pelos apóstolos, depois também por Maria e outras pessoas próximas; mais adiante se afirma que eram 120 pessoas, depois 500 pessoas, mais tarde três mil, e ainda mais tarde cinco mil; por fim era uma multidão.
A comunidade nascente não era uma comunidade de amigos; era, sim, uma comunidade de irmãos e irmãs. Amigos se escolhem entre si; já irmãos e irmãs são aqueles e aquelas que realizaram a experiência do encontro com Jesus Cristo, se sentiram tocados pelo seu Evangelho e responderam com sua adesão livre e decidida.
Quem são, pois, os cristãos? “Os cristãos (...) não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e a especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em casas gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é pátria deles, a cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põe a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem as leis estabelecidas, mas com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; (...) são mortos e, deste modo, lhes é dada a vida; são pobres e enriquecem a muitos; carecem de tudo e tem abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida” (Carta a Diogneto, sec. II).
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