Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Olhar da Fé

- Publicada em 26 de Agosto de 2021 às 15:19

A missão e o ministério do catequista

Por Dom Aparecido Donizeti de Souza, bispo Auxiliar de Porto Alegre
Por Dom Aparecido Donizeti de Souza, bispo Auxiliar de Porto Alegre
No último domingo de agosto de cada ano a Igreja lembra, com gratidão e apreço, a pessoa do catequista. Para a Igreja no Brasil, celebrar o Dia do Catequista é uma forma de reconhecimento sobre a importância e grandeza deste ministério a serviço da evangelização. Bom lembrar que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua XIX Assembleia Geral, que aconteceu de 17 a 26 de fevereiro de 1981, em Itaici (SP), instituiu o mês de agosto como o Mês Vocacional. É neste contexto de um mês todo dedicado às vocações que se celebra o Dia do Catequista.
Fundamental ter presente que é a partir do mandato de Jesus de anunciar seu Evangelho em todos os lugares e fazer com que todos se tornem seus discípulos (Mt 28,19) que se compreende o ministério e a missão de todo catequista. Na verdade, evangelizar é missão de todo batizado. Contudo, aquele que, em sua vida, faz a experiência do encontro pessoal com Cristo se sente impelido para essa missão. São Paulo já dizia: “Ai de mim, se eu não anuncio o evangelho!” (1Cor. 9,16). Assim, o entregar-se ao anúncio do evangelho é uma necessidade que brota da própria experiência de fé.
Em maio deste ano, por meio do Motu proprio "Antiquum ministerium”, o Papa Francisco instituiu o ministério de catequista. Pode-se dizer que é um reconhecimento oficial da importância e necessidade deste ministério nas comunidades. Sem dúvida, essa é uma grande graça de Deus para toda a Igreja. Contudo, também exige grande responsabilidade, sobretudo, dos bispos em suas dioceses, pois deverão favorecer uma formação mais profunda e consistente para os que são chamados ao ministério da catequese e, no momento oportuno, com um rito próprio, conferir esse ministério nas diversas comunidades. E todo aquele que se sentir chamado por Deus, deverá fazer esse caminho de formação mais consistente em vista do servir melhor e, assim, saber lidar com os novos desafios que o mundo atual apresenta à evangelização.
Neste fim de semana, se torna oportuno uma prece de gratidão a Deus tendo presente cada catequista que vem se doando neste serviço dentro das comunidades de fé, buscando formar discípulos missionários de Jesus, sobretudo, num contexto tão exigente e especial que está sendo o da pandemia. É louvável, neste contexto diferenciado, ver tanta ousadia, criatividade, dedicação e empenho por parte dos catequistas onde, com os devidos cuidados e seguindo as orientações sanitárias, estão dando continuidade na arte de educar na fé crianças, jovens e adultos, levando-os ao seguimento de Jesus Cristo e à alegria de fazer parte de uma comunidade de discípulos missionários.
Por fim, se faz necessário lembrar os pais e outros responsáveis que, conscientes de sua vocação e missão, acompanham de perto e assumem de forma exemplar a missão que lhes é devida, pois educar na fé será sempre tarefa primeira dos pais. Nos diz o Papa Francisco: “A Igreja é chamada a colaborar, com uma ação pastoral adequada, para que os próprios pais possam cumprir a sua missão educativa; e sempre o deve fazer, ajudando-os a valorizar a sua função específica, e a reconhecer que quantos recebem o sacramento do matrimônio são transformados em verdadeiros ministros educativos, pois, quando formam os seus filhos, edificam a Igreja e, fazendo-o, aceitam uma vocação que Deus lhes propõe” (Amoris Laetitia, 85).
Que Deus em sua graça sustente e acompanhe todo aquele que está entregue à obra de evangelização.
Tela "A Aparição da Virgem", de Aldo Locatelli, é abençoada em missa especial - No domingo (22), a tela “A Aparição da Virgem” (1962), de Aldo Locatelli, foi apresentada à comunidade após passar por restauro. Em missa solene presidida por Dom Adilson Pedro Busin, bispo auxiliar de Porto Alegre, a pintura localizada no altar da nave central também recebeu bênçãos. Na década de 1960, a Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Rua General Caldwell, 1022) passou a abrigar magníficas obras de arte encomendadas pelo arcebispo Dom Vicente Scherer, especialmente para compor a beleza da igreja. Duas das três telas são do renomado artista ítalo-brasileiro Aldo Locatelli, e estão tombadas pelo EPAHC da Prefeitura Municipal de Porto Alegre: “A Aparição da Virgem” (1962) e “Sagrado Coração de Jesus” (1962), e a terceira é de autoria do artista espanhol José Riera Sicart, denominada “São José”. Com o passar do tempo a situação de conservação da pintura da tela principal se agravou visivelmente com grave risco de ruptura do suporte, demandando imediata intervenção de restauro. O processo de restauração seguiu um plano de sustentabilidade, passando pelas bases de conservação preventiva através da observação, higienização e preservação, no uso de técnicas conservacionistas para proteger a pintura de poluentes e sujidades. O bastidor foi substituído. A paróquia realizou ações de conservação preventiva no ambiente, como iluminação e climatização da igreja, para auxiliar na proteção das obras. O projeto prossegue com a recuperação das duas telas laterais: “Sagrado Coração de Jesus” e "São José”.
Lideranças da CNBB visitam acampamento Luta Pela Vida - Uma representação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) visitou o acampamento Luta pela Vida, em Brasília, na tarde da terça-feira (24), em solidariedade e apoio aos cerca de 6 mil indígenas representantes de 150 etnias de todas as regiões do Brasil que estão mobilizados na capital federal em defesa de seus direitos. Na fala dirigida aos povos indígenas, dom Walmor, presidente da CNBB, destacou o compromisso histórico da CNBB com a causa dos povos indígenas do Brasil. “Nós temos uma longa história, quase 70 anos. Estamos aqui para dizer de nossa esperança e expectativa de que o Supremo Tribunal Federal possa decidir pela queda do marco temporal e respeitar o que está na Constituição Federal: a demarcação das terras e o respeito a todos os povos indígenas pela riqueza importante e pelos ensinamentos que nos trazem”, disse. A liderança indígena Elza Xerente, do Tocantins, afirmou que aprenderam com seus antepassados a não vender a terra. “O dinheiro é passageiro, mas o território vai ficar para nós o resto da vida para nossos filhos e netos. Esta é a esperança que nós temos”, disse minutos antes de presentear a comitiva da CNBB com colares confeccionados pelo seu povo. Acampados em Brasília entre os dias 22 e 28 de agosto, os povos indígenas de todo o país realizam uma semana de mobilizações em defesa de seus direitos constitucionais e contra as medidas e projetos anti-indígenas do Congresso Nacional e do governo federal.
SOS Haiti - Desde o último sábado (14), o Haiti vem conclamando ajuda e apoio humanitário devido a catástrofe causada pelo terremoto de 7,2 na escala Richter, que abalou o país. Já são mais de duas mil vítimas fatais e milhares de pessoas feridas, desabrigadas e desalojadas. Diante desta tragédia, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em conjunto com a Cáritas Brasileira, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), o Movimento de Educação de Base (MEB) e a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), soma-se aos esforços de ajuda internacional e lançam a campanha SOS HAITI. A ação situa-se no âmbito da Ação Solidária Emergencial É Tempo de Cuidar, puxada desde o início da pandemia como forma de mitigar os seus efeitos. O objetivo é arrecadar recursos para adquirir itens de primeira necessidade como: alimentos, água potável, barracas, lonas, materiais de higiene e limpeza, medicamentos, atendimento médico, transporte, combustível assim como outros itens para apoiar a população haitiana. As doações podem ser feitas até 20 de novembro e para isso a Cáritas Brasileira disponibilizou duas contas, que se encontram indicadas abaixo. Todo o recurso arrecadado será destinado a Rede Cáritas Internacional presentes no Haiti, pela Cáritas Nacional e Diocesanas do Haiti.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO