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Olhar da Fé

- Publicada em 28 de Julho de 2021 às 21:04

Vocação: caminho de vida

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Há questões que marcam a história da humanidade: o que é o ser humano? Qual o sentido e tarefa do mesmo no mundo? Para o que é destinado? Diante de um mundo em constantes transformações, urge cultivar particular sensibilidade, pois novos desafios sempre se impõem ao ser humano situado no tempo, exigindo-lhe atenção para o mistério que caracteriza cada pessoa.
Compreender quem é, e para o que é destinado, exige do ser humano percepção especial para colher aquilo para o qual se sente convocado a desenvolver e atuar como capacidade e dom pessoal. Escolher o caminho de vida para o qual o coração se sente atraído e nele se lançar com todas as forças, não é tarefa fácil e simples. Isto requer capacidade de escuta interior e disposição para, talvez, buscar auxílio para realizar um caminho de discernimento.
Num tempo em que a própria sociedade privilegia o sucesso profissional e financeiro, torna-se desafiador propor a salutar necessidade de uma reflexão aprofundada para favorecer, sobretudo, aos jovens, opções de vida que possam fornecer-lhes o árduo itinerário existencial de desvendar e viver constantemente a relação com a totalidade da realidade: o mundo, os demais seres humanos e Deus.
Desde que o mundo deixou de ser transparente para Deus e a realidade passou a ser considerada a partir da força de transformação desenvolvida pelo trabalho humano, ou seja, pelo critério da profissionalidade, se reduziu drasticamente a compreensão da identidade, origem e destino do ser humano, que a fé cristã desenvolveu ao longo de quase dois milênios.
Urge favorecer o cultivo de uma consciência aguçada, capaz de perceber a importância de uma decisão de vida, que não abranja somente uma escolha profissional, mas, sobretudo uma forma de vida ou uma vocação. É que “profissão” está relacionada à função social, status, preparação técnica. Enquanto “vocação” demanda realização pessoal, chamado interior, paixão e amor pela forma de vida abraçada; trata-se de algo mais amplo.
A vocação está eminentemente orientada para um futuro. A profissionalização responde a uma necessidade no presente. Perguntar pela vocação de alguém é indagar pelo seu destino, felicidade, realização e salvação.
Paróquias de Porto Alegre vão receber população de rua que passa frio - Em cooperação com o Plano Emergencial do Município de Porto Alegre, em razão da forte queda de temperatura dos próximos dias, paróquias da Arquidiocese de Porto Alegre servirão de abrigo para a população em situação de rua encaminhada pela Prefeitura. A ação visa complementar as vagas municipais e oferecidas no Gigantinho. Até o fim da tarde de terça-feira (27), as igrejas Sagrada Família, Santo Antônio do Partenon, Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Ana, São Carlos, Nossa Senhora Aparecida da Restinga, Nossa Senhora das Dores e Catedral Metropolitana colocaram suas estruturas à disposição. O Mensageiros da Caridade, que subsidiará as paróquias com colchões e cobertores, está recebendo doações em sua sede, na Avenida Ipiranga, ao lado da Zero Hora.
CNBB e entidades realizam Semana de Mobilização para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - Até a próxima sexta-feira (30), a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), da Rede um Grito pela Vida da CRB Nacional e da Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Infância e da Juventude (Asbrad) realizam a segunda edição da campanha “Quanto vale a vida?”. O objetivo é mobilizar e sensibilizar a Igreja e toda a sociedade brasileira sobre o tráfico de pessoas e o trabalho escravo na semana do Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, 30 de julho. Por causa da pandemia, este ano a mobilização será on-line com debates, lives e celebrações virtuais. De acordo com a organização, o tráfico humano desumaniza e transforma as pessoas em objetos, arrancando-lhes a dignidade e a liberdade, dois direitos essenciais. O tráfico de pessoas tem várias finalidades, como a exploração sexual, o trabalho escravo, o trabalho doméstico, a comercialização de órgãos e a adoção ilegal, entre outras. Ainda segundo a organização, a maioria das vítimas do tráfico de pessoas identificadas no mundo é composta por mulheres, crianças e adolescentes, aliciadas para a exploração sexual. Em segundo lugar, vem a finalidade do trabalho escravo. Acesse a programação completa no link: https://bit.ly/3xhbdQA
Papa defende que comida para todos é um apelo moral, em pré-cúpula da ONU - “Produzimos comida suficiente para todas as pessoas, mas muitas ficam sem o pão de cada dia. Isso ‘constitui um verdadeiro escândalo’, um crime que viola direitos humanos básicos”, denunciou o Papa Francisco junto à Pré-Cúpula sobre os sistemas alimentares da ONU, na tarde da segunda-feira, 26 de julho. O Pontífice recorda que é “dever de todos extirpar esta injustiça através de ações concretas e boas práticas, e através de políticas locais e internacionais ousadas”. Em Roma, junto com representantes de mais de 110 governos do mundo, entre eles, o Brasil, as sessões – em formato híbrido, presencial e virtual – preparam o maior evento global sobre o tema agendado para setembro, na Assembleia Geral das Nações Unidas. É necessária “uma mudança radical”, alerta o Pontífice, diante da exploração da natureza com o uso irresponsável e o abuso dos bens. Nessa perspectiva, continua o Papa, a “correta transformação dos sistemas alimentares desempenha um papel importante” para fortalecer economias locais e reduzir o desperdício alimentar, por exemplo. Para garantir “o direito fundamental a um padrão de vida adequado” para alcançar a Fome Zero até 2030, “não basta produzir alimentos”, comenta Francisco, mas é preciso “uma nova mentalidade e uma nova abordagem integral e projetar sistemas alimentares que protejam a Terra e mantenham a dignidade da pessoa humana no centro; que garantam alimentos suficientes globalmente e promovam o trabalho digno em nível local; e que alimentem o mundo de hoje, sem comprometer o futuro”. O Papa, então, orienta para a recuperação do setor rural como ação fundamental na pós-pandemia e para corrigir “as raízes do nosso sistema alimentar injusto”. O Pontífice comenta sobre a importância dos “conhecimentos tradicionais” dos agricultores que não devem ser negligenciados ou ignorados. Um reconhecimento que “deve ser acompanhado de políticas e iniciativas que atendam plenamente às necessidades das mulheres rurais, promovam o emprego de jovens e melhorem o trabalho dos agricultores nas áreas mais pobres e mais remotas”. Assista à mensagem do Papa no vídeo ao acessar o link: https://youtu.be/CyaPUoxfNO4
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