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Olhar da Fé

- Publicada em 21 de Julho de 2021 às 19:44

O iniciar à vida cristã: exigências e desafios

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A força de transformação social e eclesial do Evangelho é vigorosa, insistente e inovadora. Está intimamente relacionada com a iniciação à vida cristã das jovens gerações. No entanto, vivemos um tempo no qual não é possível imaginar este processo acontecendo de forma espontânea, por influência do ambiente e da instituição família.
O secularismo galopante, o contexto familiar marcado por desafios diversos e o cenário escolar-acadêmico nem sempre favorável a acolher a dimensão religiosa como constitutiva do ser humano estabelecem dificuldades para a formação das novas gerações na fé. Na mudança de época que vivemos, a opção religiosa é uma escolha pessoal. Hoje, se evangeliza, sobretudo, “por atração”. Há uma necessidade posta de buscar novos meios e métodos para propor às novas gerações os conteúdos da fé cristã.
Neste período da história marcado por um imensurável volume de informações, a iniciação à vida cristã forma o indivíduo, dando a ele elementos que conduzam à experiência de encontro com a pessoa de Jesus Cristo. Ser iniciado na vida cristã significa ser iniciado na vida de Cristo Jesus, para conformar-se a Ele, revestir-se dele, fazendo próprios os sentimentos dele (Fl 2,5). Isto significa realizar um itinerário de vida, dispondo-se a novas relações, iniciativas e ações no campo pessoal, eclesial-comunitário e social.
A vida cristã é um projeto existencial, com implicações nos diversos âmbitos da convivência humana. Discípulos e discípulas do Crucificado-Ressuscitado, conscientes, atuantes e missionários, haverão de cooperar para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Gratidão a Dom Leomar Antônio Brustolin, nomeado Arcebispo de Santa Maria, por ter nos auxiliado a inaugurar processos de iniciação à vida cristã na Arquidiocese de Porto Alegre. O caminho ainda será longo. Contudo, com a colaboração de muitos, avançaremos neste desafio, cujos sinais positivos já podem ser colhidos.
Fazemos votos que Dom Leomar, em sua nova missão, continue colaborando de forma vigorosa para a promoção da vida cristã, não só na região dos pampas, mas em todo o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB no Rio Grande do Sul).
Missa celebra envio de Dom Leomar Brustolin à Arquidiocese de Santa Maria - A Arquidiocese de Porto Alegre celebra neste sábado (24), às 15h, na Catedral Metropolitana, missa de Ação de Graças pelo trabalho pastoral realizado nesta Igreja e envio, de Dom Leomar Brustolin, para a sua nova missão em Santa Maria (RS). A missa terá transmissão ao vivo pelos canais da Arquidiocese no Facebook e YouTube. No dia 15 de agosto, em Santa Maria, será realizada a posse canônica do novo arcebispo, às 10h da manhã. A cerimônia será no Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Devido à pandemia, o acesso será restrito, mas será possível acompanhar pelos canais Rede Vida de Televisão, Facebook da Arquidiocese de Santa Maria, YouTube da Basílica da Medianeira e Rádio Medianeira, FM 102.7. Dom Leomar Antônio Brustolin foi nomeado arcebispo de Santa Maria no dia 2 de junho de 2021, em substituição a Dom Hélio Adelar Rupert, agora arcebispo emérito.
Maior evento eclesial de comunicação do país inicia nesta sexta (23) - Nos próximos dias 23 e 24 de julho acontece o Mutirão de Comunicação, maior evento de comunicação eclesial do país. Em sua 12ª edição, de forma totalmente online, o evento conta com mais de 5 mil inscritos, em 6 conferências, apresentações culturais, reflexões e diálogos. A temática principal será “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”. Visando a diversidade e inclusão durante o evento, o Mutirão contará com tradutor e intérprete de libras, uma parceria com o Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais (NAI), da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Acesse o link e conheça a programação: https://bit.ly/3wVEAaI.
“Quando a medalha da fraternidade é a mais bela”; a mensagem do Papa sobre as Olimpíadas em Tóquio - Tóquio está se preparando para as Olimpíadas marcadas pela pandemia, que tem sua abertura oficial marcada para esta sexta-feira (23). Em Tóquio, a fim de evitar o contágio da Covid-19, não haverá espectadores nas arquibancadas dos estádios, não serão permitidos abraços entre os atletas, e os olímpicos terão que colocar suas medalhas ao redor de seu próprio pescoço para evitar qualquer possível contato. Um ano após o adiamento dos Jogos Olímpicos devido à pandemia, o Japão se prepara para viver o evento esportivo por excelência com sentimentos conflitantes: alegria e tristeza, orgulho e preocupação. Entretanto, nestas Olimpíadas, realizadas pela primeira vez com rigorosas medidas anti-contágio, talvez possa emergir mais claramente o significado (e o valor) de um evento que, desde o seu símbolo - os cinco anéis entrelaçados - traz consigo o espírito de fraternidade e harmonia entre os povos. Uma mensagem que hoje é muito necessária, pois nos encontramos "todos no mesmo barco" e enfrentamos, com muitas dificuldades, uma mudança de época inesperada com consequências ainda imprevisíveis. O Papa Francisco tem repetidamente sublinhado o potencial educativo do esporte para os jovens, a importância de "colocar-se em jogo" e do fair play, assim como - e ele também o fez durante seus dias no Hospital Gemelli - o valor da derrota, porque a grandeza de uma pessoa é vista mais quando ela cai do que quando triunfa, tanto no esporte como na vida. No início do ano, em uma longa entrevista ao jornal Gazzetta dello Sport, o Papa disse: "A vitória contém uma emoção que é até difícil de descrever, mas a derrota também tem algo maravilhoso (...). De certas derrotas vêm belas vitórias, porque uma vez identificado o erro, a sede de redenção se acende. Eu diria que os que ganham não sabem o que perdem". Em um tempo marcado por fraturas e polarizações de todo tipo, para o Papa o esporte pode ser, como ele lembrou aos atletas das Olimpíadas Especiais, "uma daquelas linguagens universais que supera diferenças culturais e sociais, religiosas e físicas, e consegue unir as pessoas, tornando-as participantes de um mesmo jogo e protagonistas de vitórias e derrotas".
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