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Olhar da Fé

- Publicada em 31 de Março de 2021 às 17:43

Semana Santa: lição de amor

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
A Semana Santa, na liturgia católica, é essencialmente um Tríduo. São três dias intensos de devoção e de memória celebrativa de um grande mistério: Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
Os fatos recordados e celebrados indicam a Cruz como ponto alto da vida de Jesus de Nazaré. Ela é a maior expressão de amor, do empenho de alguém “que passou por entre nós fazendo o bem, e que buscava fazer bem todas as coisas”.
A Cruz assusta, escandaliza! É rejeitada e, por vezes, ignorada. Para alguns ela é negação de vida. É que sempre há os que anseiam por uma vida sem limites, renúncias ou dores. Tal anseio é, de certa forma, natural, pois o ser humano traz em si o desejo de viver e somente viver. Ele sente dificuldade em relação a princípios, normas, preceitos, limitações, proibições. Deseja comodidades, bem-estar, facilidades de todo tipo. É como se o mito das origens continuasse a incitá-lo a não ter medo e a aproveitar tudo a qualquer custo.
Se nos tempos de Paulo de Tarso uma parte do mundo pedia sabedoria e a outra milagres, hoje, uma pede justiça e a outra liberdade. No entanto, vale perguntar: qual justiça? Qual liberdade? A Cruz se apresenta como um absurdo em um contexto histórico como o atual, no qual a história parece ter perdido relevância, visões antropológicas redutivas e o individualismo incongruente tendem a se impor, e “grandes” palavras como, por exemplo, justiça, unidade, liberdade, solidariedade, democracia, fraternidade, comunhão são esvaziadas de sentido ou manipuladas segundo interesses efêmeros e particulares.
Neste contexto histórico-social se impõe a necessidade de resgatar e anunciar o núcleo da fé cristã: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e, ao terceiro dia, foi ressuscitado, segundo as Escrituras” (1Cor 15,3-4). Ele, o Crucificado e Ressuscitado (1Cor 1,23) é o fundamento da verdadeira justiça e da verdadeira liberdade. Por isso, para os cristãos a Cruz é sinal de esperança: nada há que não possa ser transformado por meio da luz de Jesus Cristo.
O testemunho que Jesus deu diante dos discípulos lavando-lhes os pés, e de Pilatos manifestando sua fé no Pai é indicação de seu amor por toda humana criatura. Os fatos da Paixão de Cristo celebrados durante o Tríduo Pascal ensinam que “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13), e que “o amor é forte como a morte” (Ct 8,6).
Só o amor para nos tornar, graças a Ele e com Ele, sinais de vida e esperança!
Saiba como celebrar a Páscoa neste ano de pandemia - No próximo domingo (28) inicia a Semana Santa, com o Domingo de Ramos. E neste ano, devido à pandemia, a Arquidiocese de Porto Alegre divulgou uma série de orientações para que possamos viver este momento especial da fé cristã em maior segurança. Além das missas e celebrações que deverão seguir os protocolos de enfrentamento à disseminação do novo coronavírus, as famílias poderão realizar algumas ações em suas residências. Saiba mais sobre como celebrar a Páscoa neste ano de pandemia ao acessar o link ao lado: https://bit.ly/3fkxOX2.
Padre Maurício, do clero de Porto Alegre, é reconduzido à direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) - A Congregação para a Evangelização dos Povos, dicastério da Cúria Romana, reconduziu o padre Maurício da Silva Jardim, 51 anos, do clero da Arquidiocese de Porto Alegre (RS), como diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Brasil, para os próximos cinco anos (2021-2026). Acesse a entrevista concedida às POM na qual ele fala sobre as expectativas para os próximos 5 anos e também as experiências que marcaram sua caminhada até este momento: https://bit.ly/3wdmH8d.
Nesta Quinta-Feira Santa (1º) CNBB promove Dia de Oração pela paz em Mianmar - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto à Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e a Ajuda à Igreja que sofre (ACN), promovem um Dia de Oração dedicada à paz em Mianmar. “Esse povo tem enfrentado dias muito difíceis e conta com nosso apoio por meio de orações e sintonia. A Igreja em Mianmar precisa de nosso sustento orante e nossa fraternidade. Por isso convidamos a todos e a todas a participarem, no dia primeiro de abril, do dia de oração dedicado à paz em Mianmar. Sua oração é muito importante para esse povo que sofre”, afirma o vídeo de divulgação da iniciativa. O Dia de Oração faz parte de um primeiro passo de uma série, na qual se sublinha o valor da oração como “agir missionário”. “A iniciativa foi escolhida para ser realizada no dia primeiro de cada mês, em memória a Santa Teresinha, padroeira das missões. Assista ao vídeo no link ao lado: https://bit.ly/3m7Xg3i.
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