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Olhar da Fé

- Publicada em 18 de Março de 2021 às 15:14

Não plantar trigo, mas educar!

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Um antigo provérbio chinês diz o seguinte: os que estão preocupados com o próximo ano semeiam trigo; já os que estão preocupados com os próximos 100 anos se empenham em educar as pessoas.
Para quem vive tempos apressados, sob a tirania do momento, num mundo onde se privilegia o individualismo, o citado provérbio pode parecer um absurdo ou nada mais que um bom conselho. Contudo, como diz Daniel Pennac “o tempo para ler, como o tempo para amar”, e acrescentamos, o tempo para dialogar, “dilata o tempo para viver”.
Ler, amar, dialogar são exigências do processo de busca da verdade. Tais atitudes contribuem para o desenvolvimento humano. Elas patrocinam o convívio harmônico, a fraternidade humana. Dispor-se a ouvir, observar, silenciar e elaborar o que é oferecido ao longo deste processo, implica coragem para se deixar interpelar, disposição para deixar-se questionar em seus pressupostos e abertura de mente e coração para acolher o que verdadeiramente é importante e que promove vida em plenitude. Não se trata certamente de acumular informações, mas de uma disposição performativa.
O processo de busca da verdade pressupõe autenticidade. Ela é algo que envolve mente, disposição física, capacidade dialógica e também coração, ou se quisermos, sensibilidade humana. É esta tríade que promove a construção de confiança e condições para possíveis e talvez necessárias revisões e mudanças no modo de pensar e agir.
“É hora de saber como projetar, numa cultura que privilegie o diálogo como forma de encontro, a busca de consenso e de acordos, mas sem a separar da preocupação por uma sociedade justa, capaz de memória e sem exclusões. O autor principal, o sujeito histórico deste processo, é a gente e a sua cultura, não uma classe, uma fracção, um grupo, uma elite. Não precisamos de um projeto de poucos para poucos, ou de uma minoria esclarecida ou testemunhal que se aproprie de um sentimento coletivo. Trata-se de um acordo para viver juntos, de um pacto social e cultural” (Papa Francisco).
Portanto, quando durante o tempo quaresmal somos convidados a refletir sobre o tema "Fraternidade e diálogo", estamos sendo exortados a superar ideologias e preconceitos, e nos dispor a trabalhar com homens e mulheres de boa vontade na construção de uma sociedade caracterizada por autêntica fraternidade e paz.
Solenidade de São José e formação - Por ocasião dos 150 anos da declaração de São José como padroeiro universal da Igreja, a Editora Paulus está promovendo uma formação com Dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre e bispo referencial da Iniciação à Vida Cristã (IVC) no próximo dia 19, às 19h30. Além de ser aberta a presbíteros, religiosos, diáconos e leigos, a Live “Solenidade de São José” está sendo proposta como primeira formação de 2021 para catequistas de todas as etapas (Batismo a Adulto), coordenações paroquiais da IVC, bem como a Comissão Executiva e Ampliada da IVC. A transmissão será realizada pelos canais da Paulus no Facebook (https://www.facebook.com/editorapaulus) e YouTube (canalpauluseditora). A leitura da Carta Apostólica “Patris Corde” (Com o Coração de Pai), do Papa Francisco, é tarefa proposta.
"Pacto pela Vida e pelo Brasil" emite nota cobrando empenho dos três poderes - As instituições signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Ordem dos Advogados do Brasil, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Imprensa e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) lançaram na tarde do dia 11 de março, uma nota frente ao quadro de agravamento da pandemia do novo Coronavírus e das suas trágicas consequências na vida do povo brasileiro, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Brasil. Segundo o documento, intitulado O povo não pode pagar com a própria vida!, “o vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis”. No documento, as entidades se solidarizam com as famílias que perderam seus entes queridos e apontam a urgente necessidade de maior empenho e integração dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) do Brasil, e entre estados e municípios, na busca por encontrar soluções para enfrentar a pandemia. Acesse o link e leia a nota na íntegra: https://bit.ly/3bPHUgx
"Catástrofe humanitária” é alerta de Manifesto - Um movimento contra o colapso na saúde vem alertando para o risco de uma catástrofe humanitária sem precedentes se não houver conscientização das pessoas para a gravidade da situação. O Manifesto da iniciativa intitulada “Unidos pela Saúde Contra o Colapso” já tem a adesão de mais de 600 profissionais da saúde e mais de 30 mil seguidores no Instagram. Leia o manifesto na íntegra e obtenha mais informações sobre o movimento acessando o link ao lado: https://bit.ly/2ONomjE
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