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Olhar da Fé

- Publicada em 13 de Janeiro de 2021 às 20:47

Unidos e responsáveis

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
No último dia 6 de janeiro, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota conclamando à união, diante dos desafios e exigências que a pandemia do novo coronavírus está impondo a todos.
Destaco alguns pontos da nota:
“O novo que buscamos neste ano de 2021 requer a união de todos os cidadãos de boa vontade para enfrentamento da covid-19. Os números mostram que a pandemia está se tornando mais grave no Brasil. Já são cerca de 200 mil mortos.
As vidas perdidas não podem simplesmente compor quadros estatísticos. É luto e dor no coração das famílias. São histórias interrompidas por uma ameaça ágil, perigosa e invisível, porém real.
Para erradicar a covid-19, é imprescindível que todos caminhem juntos, solidariamente, sem exclusões. (...) O vírus não respeita fronteiras, classes sociais e qualquer outra forma de categorização que, com tanta frequência, fundamentam lamentáveis discriminações. A palavra de ordem é, portanto, união. É preciso haver, cada vez mais, corresponsabilidade no enfrentamento deste desafio sanitário e social. (...)
Não podemos nos render à indiferença de alguns, negacionismos de outros ou à tentação de nos aglomerarmos, permitindo que nos contaminemos e nos tornemos instrumentos de contaminação, sofrimento e morte de outras pessoas. Não deixemos que o cansaço e a desinformação nos levem a atitudes irresponsáveis. (...)
A vacina seja para todos. (...) Justiça, solidariedade e inclusão são os principais critérios a serem seguidos no enfrentamento desta pandemia. Cada instituição e segmento da sociedade têm graves responsabilidades neste processo. Por isso, a Igreja Católica assume seu compromisso de colaborar como força educativa e solidária rumo a um novo estilo de vida.
A sociedade brasileira exige pronta união e atuação dos governantes, nas diferentes esferas do poder, guiados pela ciência e sérias indicações dos epidemiologistas, para que a vacinação comece urgentemente, pois, a cada dia, vidas são perdidas para a pandemia, agravada também por seus impactos econômico-sociais.
Especial atenção seja dedicada aos mais vulneráveis e pobres. É inaceitável e pouco inteligente que a vacina chegue mais rapidamente a alguns, deixando a descoberto a maior parte da população. (...)
Deus, que nos fez livres e corresponsáveis pela obra da Criação, pelo cuidado uns dos outros, ajude-nos a aprender com as lições desta pandemia, para que possamos superá-la e avançarmos na construção de um mundo mais saudável, a partir da fraternidade e da solidariedade universal”.
Mensageiro da Caridade mantém compromisso com a sustentabilidade ambiental - O Papa Francisco tem insistido nos últimos anos na necessidade de inserção dos cristãos na defesa da sustentabilidade ambiental. Este posicionamento dialoga com a garantia de vida no planeta para as futuras gerações. Na perspectiva de assegurar a reutilização dos recursos naturais, para evitar a destruição do meio ambiente e do potencial ecológico integrado aos benefícios sociais, o Mensageiro da Caridade está intensificando os processos de reciclagem de produtos. Todos os meses, dezenas de toneladas de itens descartáveis, que seguiriam para os aterros sanitários, são destinadas à indústria para a reciclagem e elaboração de novos produtos. Outra medida da instituição faz a reutilização dos bens recebidos para beneficiar famílias em situação de vulnerabilidade. Soma-se a isso, a geração de trabalho tanto na coleta, quanto na seleção dos itens e no processo de industrialização. Segundo o supervisor administrativo do Mensageiro da Caridade, Alcione Peruzzo, essa engrenagem tem na sua concepção um círculo virtuoso que resulta na preservação dos recursos naturais e no desenvolvimento social. “Estamos integrando geração econômica, preservação ambiental e desenvolvimento social, potencializando a reutilização dos bens em desuso”. A seguir, o volume de produtos destinados à indústria da reciclagem, pelo Mensageiro da Caridade, no ano de 2020: 90 toneladas de papel; 50 toneladas de vidro; 14 toneladas de plástico; 1 toneladas de metais; 75 toneladas de sucatas de ferro; 900m³ de madeira reutilizada.
Presidente da CNBB cobra celeridade para o início da vacinação - O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, divulgou vídeo na segunda-feira (11), alertando que “é urgente cobrarmos celeridade para o início da vacinação” e que “a pandemia se tornará ainda mais perigosa se a desinformação prevalecer”. Dom Walmor sublinha que a pandemia do novo coronavírus “é um deserto que todos nós família humana estamos atravessando”, ao recordar as 200 mil pessoas que morreram em decorrência da covid-19. “Para vencer essa travessia, precisamos caminhar juntos”, ressaltou. Em seguida, o presidente da CNBB destaca a importância das vacinas, as quais são oferecidas pela ciência, “frutos de diferentes pesquisas”; e o início da vacinação em vários países. Nesse sentido, “não podemos ficar para traz”, exortou dom Walmor. “É urgente cobrarmos celeridade dos governantes para o início da vacinação. Ainda mais importante, não podemos nos deixar enganar por notícias falsas. As vacinas, antes de chegarem à população, são amplamente testadas por variadas equipes de cientistas independentes”, afirmou. Os riscos de se vacinar, continuou, são infinitamente menores do que as ameaças da doença que, a cada dia, mata mais pessoas. Dom Walmor convida a todos exigirem a solução para a pandemia: “Insista junto às autoridades públicas para que fortaleçam o Sistema Único de Saúde (SUS) para que cada pessoa, rica ou pobre, tenha o direito de ser vacinada. A vacina nos ajuda a superar a covid-19″. Por outro lado, as notícias falsas e a desinformação tornam a pandemia ainda mais perigosa, “afastando as pessoas da vacina”. Dom Walmor ressalta que sejam evitadas as notícias falsas e que todos sejam “corresponsáveis” no cuidado uns pelos outros. Assista ao vídeo completo no link: https://youtu.be/QjVk6lkQym4
Modificado o rito de imposição das Cinzas em tempo de pandemia - A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da Igreja Católica publicou uma nota, na terça-feira (12), especificando os procedimentos a serem seguidos pelos sacerdotes durante a celebração da Quarta-Feira de Cinzas, início da Quaresma: máscara e fórmula recitada apenas uma vez. A situação de saúde causada pela crise pandêmica do coronavírus continua exigindo uma série de atenções que também se refletem em âmbito litúrgico. Tendo em vista o início da Quaresma deste ano, na quarta-feira 17 de fevereiro, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou em seu site as disposições a serem seguidas pelos celebrantes no rito de imposição das Cinzas. “Feita a oração de bênção das cinzas e depois de as ter aspergido com água benta sem dizer nada - precisa a nota -, o sacerdote, voltado para os presentes, diz uma só vez para todos a fórmula que se encontra no Missal Romano: ‘Convertei-vos e acreditai no Evangelho’, ou ‘Lembra-te que és pó da terra e à terra voltarás’.” Depois, prossegue a nota, “o sacerdote lava as mãos, coloca a máscara protegendo o nariz e a boca, e impõe as cinzas a todos os presentes que se aproximam dele, ou, se for mais conveniente, aproxima-se ele do lugar daqueles que estão de pé. O sacerdote pega nas cinzas e deixa-as cair sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada”.
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