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Olhar da Fé

- Publicada em 19 de Dezembro de 2019 às 17:41

O Natal reacende a esperança

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Chegou o Natal. Deus entra na história humana de forma discreta, simples, humilde e despojada. É a festa da luz, da vida e do amor de nosso Deus.
O Natal reacende no coração humano o que ele traz de nobre: ternura, proximidade, intimidade, familiaridade, reverência e proximidade. Recorda que o outro deve existir. Por isso é sempre tempo para ir ao encontro do outro e lhe desejar um abençoado Natal. Jamais é tarde para despertar sonhos há tempos não retomados, alimentados, admitidos ou acolhidos.
O Natal é tempo privilegiado para abrir o coração, para que a luz do céu possa novamente entrar na existência humana. De fato, quando o ser humano se dispõe a acolher a linguagem das estrelas, a ler os sinais do céu, então a verdadeira vida que vem de Deus se torna possível. Percebe assim ser consentido crer e esperar que, a partir de Deus e diante de Deus, a beleza, a verdade e a vida são possíveis, hoje e sempre.
No Natal, Deus fala! Silencia o ser humano. Ouve-se a narração do evento da doçura divina que entra na história humana: Deus nasceu pequeno, se fez história, se chama presépio.
O espírito do Natal aponta para aspectos do convívio social que precisam sempre ser retomados: simplicidade, fidelidade, familiaridade, intimidade, gratidão, despojamento, ternura, beleza, carinho, respeito, reconhecimento, confiança, fé. É o que artistas de distintas culturas, em variados modos e expressões, buscaram e buscam representar através da arte. Trata-se de tentativas de tocar o coração humano, a fim de que ele se transforme e se torne verdadeiramente humano, deixando-se moldar pela simplicidade e verdade da “casa do pão”, Belém.
O Natal reacende a esperança: no Reino que se inaugura não haverá mais fome que ofende a Deus, nem pobreza que humilha as pessoas.
O Menino deitado num cocho, numa estrebaria, traz esperança aos desesperançados de todos os tempos.
O Natal ensina que a graça de Deus não abandonou a “Terra dos homens”. O Salvador está no meio de nós! Abençoado e Santo Natal.
A Educação no RS - A crise na Educação motivou a Arquidiocese de Porto Alegre e o Regional da CNBB no Rio Grande do Sul a manifestarem-se. O Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no dia 13, emitiu nota na qual manifesta apoio aos educadores. “Dias melhores dependem de uma educação capaz de enfrentar a fragmentação de nossa época, especialmente recuperando o sentido da vida, a ética e a transcendência. Essa realidade não será utopia se a sociedade civil, o Estado e todo cidadão de boa vontade assumirem um pacto educativo que coloque a pessoa no centro das atenções, valorize os educadores, escute os educandos e proponha caminhos para construção de um mundo melhor.” O texto é assinado por Dom Leomar Antônio Brustolin, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre e referencial para a Educação e Cultura do Regional Sul 3. E nesta terça (17), o jornal Zero Hora, publicou artigo do arcebispo metropolitano e primeiro vice-presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, em que também pede cuidado com a educação pública. “Não faz muito tempo que ser professor era considerado nobre e distinto, gozando de respeito e admiração. Hoje, para alguns é, por vezes, motivo de vergonha. No entanto, o que causa verdadeiramente vergonha é a falta de reconhecimento público da importância desses homens e mulheres para o presente e o futuro da sociedade. São de forma particular eles que fomentam no seio das novas gerações a paixão pelo saber, pelo estudo, qual porta para o desenvolvimento e a construção da nação”, escreveu. Leia os dois textos na íntegra: Artigo Regional Sul 3 CNBB e Artigo Arquidiocese de Porto Alegre.
Cáritas Brasileira - Em novembro foi eleita a nova direção (quadriênio 2020 a 2023) da Cáritas brasileira, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O bispo de Roraima, Dom Mário Antônio, e segundo-vice presidente da CNBB foi eleito o presidente. Nos demais cargos: Cleusa Alves da Silva (BA), vice-presidente; Nilza Maria Fernandes de Macedo (RS), secretária da organização; Udelton da Paixão do Espírito Santo (MG), tesoureiro. A escolha da nova liderança do organismo se deu durante a XXIV Assembleia Nacional, realizada de 19 e 22 de novembro, em Teresina (PI). A Rede Cáritas no Brasil comporta 182 entidades-membro, organizadas em 12 regionais e 5 articulações. Com capilaridade que alcança todo o território nacional. “A Rede Cáritas deve ser imbuída de uma atitude de prudência e coragem, porque os desafios são enormes e as situações nem sempre são favoráveis. Então, por isso, eu vejo que ser Cáritas hoje é tornar-se uma pessoa corajosa diante de tantos perigos e de tantas ameaças. Mas eu penso que é aquilo que nos ensina o próprio Jesus Cristo, a história da Cáritas, seja no Brasil ou em nossas regiões, é sempre de nos encorajar porque Deus nos ilumina e Deus cuida da vida e da felicidade daqueles que lutam pela justiça.”, declarou Dom Mário Antônio.
Segredo pontifício - O Papa Francisco aboliu o segredo pontifício nos casos de violência sexual e de abuso de menores cometidos por clérigos, e decidiu também alterar a norma relativa ao crime de pornografia infantil, inserindo-o no caso da "delicta graviora" - os crimes mais graves -, a detenção e difusão de imagens pornográficas envolvendo menores até aos 18 anos de idade. O primeiro e mais importante documento é um rescrito, o qual comunica que no último dia 4 de dezembro o Pontífice decidiu abolir o segredo pontifício sobre denúncias, processos e decisões relativas aos crimes mencionados no primeiro artigo do recente motu proprio "Vos estis lux mundi", ou seja: casos de violência e de atos sexuais cometidos sob ameaça ou abuso de autoridade; casos de abuso de menores e de pessoas vulneráveis; casos de pornografia infantil; casos de não denúncia e cobertura dos abusadores por parte de bispos e superiores gerais dos institutos religiosos. A nova instrução especifica que "as informações devem ser tratadas de modo a garantir a segurança, a integridade e a confidencialidade", conforme estabelecido no Código de Direito Canônico para tutelar "o bom nome, a imagem e a privacidade" das pessoas envolvidas. Mas este "sigilo profissional" lê-se ainda na instrução, "não impede o cumprimento das obrigações estabelecidas em todos os lugares pelas leis estatais", incluindo quaisquer obrigações de sinalização, "bem como a execução dos pedidos executivos das autoridades judiciais civis". Além disso, a quem efetua a sinalização, às vítimas e às testemunhas "não pode ser imposto algum vínculo de silêncio" sobre os fatos.
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