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Olhar da Fé

- Publicada em 09 de Outubro de 2019 às 19:44

Sínodo: apontar caminhos!

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 
Está acontecendo, no Vaticano, o Sínodo para a região Pan-Amazônica. Durante três semanas acontecerá um intenso debate em torno de temas que dizem respeito à vida da Igreja naquela região e ao mesmo tempo, de questões conexas, a partir da ótica dos povos que a habitam.
 
A região Pan-Amazônica é constituída de aproximadamente 7,8 milhões de km², abrangendo nove países. Habitam a região cerca de 33 milhões de pessoas, sendo 3 milhões de indígenas pertencentes a 390 grupos ou povos diversos.
 
O Sínodo representa um desafio a todo o Povo de Deus. É toda a Igreja que dirige seu olhar e atenção para uma região específica, procurando compreender quais são os seus desafios, preocupações e problemas, a fim de encontrar indicações viáveis para continuar respondendo vigorosamente às exigências da obra da evangelização junto àquela realidade.
 
No centro dos debates na aula sinodal estará a questão da vida. Não se pode esquecer que todas as formas de vida do planeta são filhas da Terra. O próprio corpo humano é feito do “barro da terra, no qual Deus ‘soprou’ o espírito de vida” (Gn 2,7). Compreende-se, assim, a inter-relação entre a vida e o meio ambiente, pois tudo o que se faz em prejuízo da Terra, se faz em prejuízo dos seres humanos e outras formas de vida.
 
Os participantes da assembleia sinodal são confrontados com questões intereclesiais, com desdobramentos sobre a realidade cultural, social, espiritual e religiosa daquela imensa região. A obra da evangelização junto àquela realidade se vê desafiada por problemas tais como as condições de pobreza e miséria de muitos, o tráfico humano, a exploração sexual, a perda da cultura e identidade dos povos originários, a criminalização e o assassinato de líderes locais, a apropriação e a privatização de bens naturais, as práticas predatórias de caça, pesca e exploração da terra, os megaprojetos infraestruturais — nem sempre respeitando o meio ambiente — o narcotráfico.
 
Pode-se assim compreender a indicação do Papa: “amai esta Terra, senti-a vossa... Comprometei-vos a salvaguardá-la, a defendê-la. Não a useis como mero objeto que se pode descartar.”
 
Missa do Dia dos Professores - A Pastoral da Educação promove Missa para os professores no dia 26 de outubro, na Igreja Nossa Senhora das Dores, às 10h da manhã. "Vamos rezar com quem ensina, afinal, como nos lembram as Sagradas Escrituras, os que ensinam um dia brilharão como estrelas do céu (cf. Dn 12,3)", diz Dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre e referencial para Educação e Cultura no Rio Grande do Sul, no convite que faz a todos, em especial aos educadores em celebração ao seu dia.
 
Pela primeira vez no Brasil - A abertura do II Congresso Internacional de Teologia, realizado nos dias 7, 8 e 9 de outubro, na PUCRS, contou com a presença do cardeal Dom Giovanni Angelo Becciu, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, do Vaticano, que esteve pela primeira vez no Brasil. Na conferência de abertura, intitulada "Gaudete et exsultate: uma resposta à aspirações humanas", Dom Becciu refletiu sobre o tema da santidade como um caminho para chegarmos à realização máxima, o céu. "Certa vez me reuni com crianças e disse a elas que todos queremos chegar ao destino final, o paraíso, ou seja, a santidade. E o que devemos fazer? Deus nos deu uma bicicleta para fazer este caminho, que é viver nossa vocação."
 
Canonização Irmã Dulce - Dom Becciu também é o cardeal, responsável pela canonização da Irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil. A cerimônia de canonização de Irmã Dulce será realizada no Vaticano, no próximo domingo (13). O processo iniciado em janeiro de 2000, só foi concluído neste ano de 2019, quando Papa Francisco anunciou a canonização de Irmã Dulce, que teve dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica, além dos inúmeros trabalhos sociais junto aos mais pobres.
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