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Olhar da Fé

- Publicada em 18 de Setembro de 2019 às 20:37

A urgência pelo cuidado e proteção da vida

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
 
A prática do suicídio levanta questões infinitas. Possuímos contribuições de várias ciências que se ocupam com o tema. Contudo uma pergunta permanece: por quê?
É difícil encontrar respostas satisfatórias diante da decisão de alguém de tirar a própria vida. Trata-se de um ato abrupto, chocante e ambíguo. Além do mais, esse é um assunto complexo, delicado e cercado de tabus.
Que fatores levam pessoas a cometer suicídio? São variados os fatores a serem considerados: genéticos, familiares, ambientais, socioculturais, existenciais, clínicos. Por vezes, pode estar presente o desejo da pessoa de chamar a atenção sobre si ou sobre os problemas que vive; pode ser expressão do desejo de ser ouvida e ajudada; pressão social por produtividade e máxima eficiência também influenciam; segregação ou isolamento social, formas de discriminação, doenças ou deficiências físicas, a morte de um familiar ou pessoa amada, dificuldades de trabalho e/ou financeiras podem induzir à prática do suicídio.
Em tempos de crise política, econômica, social e religiosa, o suicídio ocupa a cena do drama humano. Ele é certamente algo que faz parte da existência humana. Todo ser humano, em um ou em outro tempo da vida, desenvolve formas de sofrimento psíquico. Contudo, diante das incertezas frente ao futuro, a celeridade do tempo, o consumismo exacerbado, o impor-se do esteticismo ou narcisismo, o crescimento do número de relações interpessoais inconsistentes etc. constata-se o aumento dos casos de suicídio.
Detectar um possível suicida, saber aproximar-se, ouvir com delicadeza, cortesia e compreensão, e empenhar-se por buscar auxílio é expressão de solidariedade e senso de corresponsabilidade social diante desse drama que atinge não poucas pessoas.
A crença religiosa e a prática da fé influenciam na estabilidade emocional, na redução da tensão e ansiedade, na modificação do comportamento, na promoção de bem-estar interior e no modo como pessoas lidam com situações difíceis da existência.
O cristão é desafiado a testemunhar a fé, a esperança e a caridade, empenhando-se também na tarefa de proteger, cuidar e promover a vida, especialmente quando encontra alguém que perdeu a vontade de viver, pois a vida humana é graça, e, por isso, deve ser dignificada.
Semana do Surdo - Na semana em que se celebra o Dia Nacional do Surdo, 26 de setembro, a Arquidiocese de Porto Alegre, por meio da Pastoral do Surdo, promove uma ampla programação. De 21 a 27 de setembro realiza atividades de aprendizado, conscientização e compromisso com a sua Missão junto aos surdos. Todas as ações da Semana do Surdo, visam promover o Dia do Surdo e o aniversário de 63 anos da Escola Especial para Surdos Frei Pacífico, localizada no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Conheça a programação completa: http://bit.ly/Semana_doSurdo
Outubro Mês Missionário - Nesta semana (17), durante a reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foram lançadas a Campanha Missionária 2019 e a exposição “Rostos da Missão”, organizados pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a CNBB. As duas iniciativas surgem em razão do Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo papa Francisco, em outubro de 2017, e que tem como tema “Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo”. Realizada no Brasil desde 1972, no mês de outubro, a Campanha Missionária ganhou este ano um maior impulso eclesial com a feliz coincidência do Mês Missionário Extraordinário e do Sínodo para a Amazônia. A Exposição “Rostos da Missão: Batizados e enviados” deseja dar maior visibilidade aos projetos missionários ad gentes e ao projeto Igrejas Irmãs da Igreja no Brasil. A exposição está aberta à visitação até o dia 31 de outubro, das 9h às 16h, na sede da CNBB em Brasília (Setor de Embaixadas Sul 801 – Asa Sul – Brasília/DF). A visitação deve ser agendada pelo e-mail [email protected].
Sínodo da Amazônia - Os secretários especiais do próximo Sínodo dos Bispos, o Sínodo da Amazônia, padre Michael Czerny, jesuíta e futuro cardeal, e frei David Martínez de Aguirre Guinea, dominicano, escreveram um longo e aprofundado artigo intitulado “Por que a Amazônia merece um Sínodo?”. O texto foi publicado por La Civiltà Cattolica, a revista dos jesuítas. No documento, os secretários especiais apresentam características da realidade local e dos aspectos territoriais e ambientais da região Amazônica, abordam o conceito de ecologia integral, relatam os novos caminhos para a Igreja pensados desde o Concílio Vaticano II e explicam a proposta de um Sínodo para a Amazônia. “Igreja e Sínodo são sinônimos, pois a Igreja nada mais é do que este caminhar juntos do Rebanho de Deus pelas sendas da história ao encontro de Cristo Senhor. A sinodalidade tanto caracteriza a vida como a missão da Igreja, que é o Povo de Deus – formado por jovens e idosos, homens e mulheres de toda a cultura e latitude – e o Corpo de Cristo, no qual somos membros uns dos outros, a começar pelas pessoas marginalizadas e oprimidas”, diz o texto. Acesse o artigo completo: http://bit.ly/Artigo_SinodoAmazonia
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