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Olhar da Fé

- Publicada em 03 de Setembro de 2019 às 16:47

Podemos cantar a liberdade?

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Ao longo da história, inúmeras interpretações do conceito de liberdade foram construídas. O hino da Independência do Brasil canta a “liberdade no horizonte do Brasil”. Bela também é a expressão de Fernando Pessoa: “Brincava a criança com um carro de bois! Sentiu-se brincando e disse: eu sou dois!” Nela, o poeta canta a ancoragem da identidade humana no lar da liberdade, conjugando o exterior com a dinâmica interior da situação.
Encanta contemplar a árvore enraizada na terra, o pássaro que voa na tempestade e a fera que habita a floresta. São símbolos da liberdade! Entretanto, somente a identidade humana está no poder de merecer ser livre, através de um longo processo de aprendizagem. A identidade humana é impelida pela liberdade a sair de si, a extravasar-se, a buscar sua realização: a felicidade.
A liberdade é, pois, um atributo essencial da pessoa humana, que lhe permite escolher o próprio destino e de se autodeterminar. Ela pressupõe o exercício da inteligência, como também o progressivo aperfeiçoamento na natureza inferior. Ela é um elemento essencial para a natureza e para a dignidade do ser humano.
Na semana em que o povo brasileiro celebra a independência, é possível cantar a liberdade?
O Brasil é uma nação caracterizada por belezas e riquezas. Os campos têm mais flores, os bosques e as florestas conservam uma biodiversidade extraordinária, o solo é fértil, o subsolo conserva tesouros, os ecossistemas são riquíssimos. Contudo, o país está em segundo lugar no mundo em termos de desigualdade, entre os países democráticos. Falta projeto de nação, políticas públicas consistentes para a superação de tamanha desigualdade.
Celebrar a independência e cantar a liberdade do Brasil implica o compromisso vigoroso de promover o bem comum. Por isso, enquanto houver alguém passando fome, sem terra, sem trabalho, sem teto, sem escola, sem atendimento médico-hospitalar digno, a liberdade não será autêntica.
A esperança dá forças, elã e entusiasmo! Em celebrando a semana da Pátria, nos recordemos que não podemos permitir que nos roubem a esperança.
Patrimônio Cultural Brasileiro - Encerrou no dia 28 de agosto o período de escolha dos oito vencedores ao Prêmio Rodrigo 2019, etapa nacional, maior premiação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Os candidatos foram apreciados pela Comissão Nacional de Avaliação, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, e entre eles está a Igreja Nossa Senhora das Dores, de Porto Alegre, na categoria "Iniciativas de Excelência no Campo Patrimônio Cultural Material / Segmento: 3". O resultado final do concurso deverá ser divulgado até o dia cinco de setembro e cada premiado receberá um valor de R$30 mil. A celebração nacional da 32ª edição do Prêmio Rodrigo acontecerá em Porto Alegre. Nesta edição, 323 projetos foram inscritos em todo país e 99 trabalhos passaram para última fase.
Campanha pelo Sínodo da Amazônia - Desde o domingo (1º), “Dia Mundial de oração pelo Cuidado da Criação” até esta quinta-feira (5), “Dia da Amazônia”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desenvolve, em parceria com a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), um conjunto de iniciativas de comunicação cujo objetivo é sensibilizar a Igreja e a sociedade sobre a importância do Sínodo para a Amazônia. As ações se desdobrarão no período que antecede e durante a realização da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-amazônica. Integram a campanha, um conjunto de ações – vídeo depoimento de bispos e lideranças da Igreja, vídeos Voz da Amazônia, entre outros. O material produzido em parceria com a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia e a Rede Eclesial Pan-Amazônica, está disponível nos sites e nas redes sociais da CNBB e da REPAM-Brasil. As TVs de inspiração católicas também foram convidadas a produzir conteúdo próprio e a disseminar os conteúdos produzidos sobre o Sínodo pela Repam, especialmente a série Voz da Amazônia. "A intenção da Igreja não é apenas realizar um evento, mas dar passos novos, o que incentiva a entidade a se envolver nas ações que superem ou tratam de forma adequada os vários ruídos que se têm apresentado em relação ao Sínodo, bem como as suas incompreensões", reforça o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. O desejo é que haja “uma repercussão muito boa e importante de tudo aquilo que se trata e se tratará durante o Sínodo e daquilo que virá na exortação pós-sinodal”, conclui.
Viagem do Papa - Até o dia 10 de setembro, o Papa Francisco estará em viagem a três países, Moçambique, Madagascar e Maurício, visitados anteriormente por João Paulo II em várias viagens entre 1988 e 1989. Nesta 31ª viagem apostólica do Papa, o Santo Padre "encontrará países que mudaram muito, pois em anos anteriores a vocação dessas nações era puramente rural, enquanto hoje há grandes oportunidades, mas também novas pobrezas", explicou Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, durante coletiva esta semana. "O Papa está se preparando com gratidão para com todos aqueles que estão trabalhando na realização da viagem e com alegria pela ocasião de anunciar o Evangelho em uma parte do mundo rica em variedade e humanidade”, afirmou Bruni, que lembrou que há também "alegria pela possibilidade de encontrar esta bela terra, como destacou o Papa em uma mensagem em vídeo, por causa de sua gente e da sua santidade".
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