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Olhar da Fé

- Publicada em 28 de Agosto de 2019 às 15:25

Aprender com o que já se sabe

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano
A relação do ser humano com o mundo é um elemento constitutivo de sua identidade. Por isso, as relações com o meio ambiente devem estar ancoradas numa antropologia e ética consistentes.
O uso da terra com suas riquezas adquire luz orientadora a partir dos avanços da ciência e da técnica. Assim, as relações humanas com os bens da natureza obtêm orientações mais seguras, a fim de promover sempre mais a necessidade de respeito e cuidado para com o ambiente.
O modelo econômico predominante se orienta pelo aspecto do lucro fácil. A natureza não pode ser usada, manipulada e explorada de forma arbitrária, e nem submetida à "vontade de poder", característica da ação de mercados, como se ela não gozasse de dignidade e importância na determinação da qualidade de vida do planeta.
No Rio Grande do Sul, está tomando corpo o projeto de exploração de carvão mineral em diferentes regiões. Ora, aprender a partir de situações vividas no passado é ato fundamental de toda pessoa de bom senso. Países onde a extração era prática comum estão reduzindo drasticamente tal prática à causa das consequências para a atmosfera e para a vida em suas diversas manifestações.
É sabido que o carvão mineral é grande causador do aquecimento global, e isso sem considerar outros impactos no processo de exploração e suas consequências para a região onde isso acontece. Sabe-se que o carvão mineral possui composição complexa, capaz de colocar em risco a qualidade do ar, da água e da saúde humana.
Os bens naturais quando não sabiamente respeitados e utilizados em vista da vida plena para todos, tornando-se objeto da ação criminosa e gananciosa das mineradoras não interessadas no bem comum, se transformam em causa de morte. Geralmente, as empresas mineradoras optam pela exploração barata, o lucro fácil e o mínimo de retorno para a sociedade envolvida e atingida.
A atividade mineradora no Brasil se tornou eticamente insustentável e irresponsável, calamitosa e de altíssimo risco não só para a vida e saúde humana, mas também para a fauna e flora em suas áreas de atuação. Provavelmente aqui não será diferente.
Tradicional peregrinação - Na próxima sexta-feira (30) inicia, em Aparecida (SP), a tradicional romaria ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, realizado em uma parceria entre a Arquidiocese de Porto Alegre e a Agência de Viagens e Turismo Unitur há mais de uma década. Cerca de mil pessoas entre fiéis, bispos auxiliares e padres da Arquidiocese participam da peregrinação, além do arcebispo metropolitano Dom Jaime Spengler. Serão três dias de programação que incluem missas, momentos em comunidade, passeio de barco no rio Paraíba do Sul, participação na foto oficial, certificado de peregrinação e kit de viagem, contendo sacochila, terço de pulso, lenço e camiseta oficial. As vagas estão esgotadas.
Queimadas na Amazônia - Na última semana, o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiram notas em que manifestam sua preocupação com os recentes incêndios que consomem grande parte da flora e da fauna na Amazônia. Os bispos da América Latina e Caribe escrevem que esta não é uma tragédia de "impacto local ou mesmo regional, mas de proporções planetárias". Leia a íntegra das notas no link a seguir: http://bit.ly/Queimadas_Amazonia
Papa Francisco em defesa da Amazônia - O Santo Padre também expôs a sua apreensão em relação aos incêndios que têm ferido a Amazônia. Francisco abordou o fato depois da oração mariana do Angelus, no domingo (25). A voz do Papa se une àquela dos bispos da América Latina que também demonstraram tristeza e, através de apelos públicos, pediram medidas urgentes em defesa da Amazônia. "Estamos todos preocupados com os grandes incêndios que se desenvolveram na Amazônia. Oremos para que, com o empenho de todos, sejam controlados o quanto antes. Aquele pulmão de florestas é vital para o nosso planeta.", disse.
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