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Coluna

- Publicada em 02 de Outubro de 2020 às 03:00

Clubes sociais de Porto Alegre resistem à pandemia

Mariana Barata e Marcelo Corrêa da Silva, casal presidente da Associação Leopoldina Juvenil

Mariana Barata e Marcelo Corrêa da Silva, casal presidente da Associação Leopoldina Juvenil


NÍCOLAS CHIDEM/JC
A coluna ouviu alguns dirigentes dos principais clubes de Porto Alegre para saber como estão enfrentando as adversidades destes momentos de pandemia. Acostumados a viver cercados de pessoas, promovendo festas e reuniões, vendo os clubes movimentados por crianças, atletas, debutantes, famílias e visitantes, a rotina desses homens mudou drasticamente a partir de 18 de março. Às voltas com cancelamentos, desistências, portas fechadas e renda comprometida, nem tudo foi trágico nestes seis meses de isolamento em que tiveram que administrar decretos e decisões governamentais. Três deles estão aqui contando como estão atravessando esse mar de incertezas.
A coluna ouviu alguns dirigentes dos principais clubes de Porto Alegre para saber como estão enfrentando as adversidades destes momentos de pandemia. Acostumados a viver cercados de pessoas, promovendo festas e reuniões, vendo os clubes movimentados por crianças, atletas, debutantes, famílias e visitantes, a rotina desses homens mudou drasticamente a partir de 18 de março. Às voltas com cancelamentos, desistências, portas fechadas e renda comprometida, nem tudo foi trágico nestes seis meses de isolamento em que tiveram que administrar decretos e decisões governamentais. Três deles estão aqui contando como estão atravessando esse mar de incertezas.

O atleta virtual

 Carlos Wüppel, presidente da Sogipa

Carlos Wüppel, presidente da Sogipa


/CLAITON DORNELLES /JC
Levar o clube até as casas das pessoas através de ferramentas virtuais tem sido a tarefa de Carlos Wüppel, presidente da Sogipa, que, entre perdas e ganhos desta pandemia, aponta as ações que ajudaram na aproximação dos sócios ao clube. "Atividades e serviços como a corrida virtual, as aulas de condicionamento físico, contação de histórias para crianças, jantar de aniversário remoto com disponibilização de cardápio e banda ao vivo, festas temáticas como a Oktoberfest - que será transmitida ao vivo pelo YouTube e pelo Zoom, neste sábado, 3 de outubro, são exemplos desses esforços", salienta. Graças ao crescente aperfeiçoamento digital que as pessoas buscaram nestes 180 dias de confinamento, evitou-se que as relações com o clube esfriassem totalmente. "O cancelamento do Troféu Brasil de Atletismo, importante evento que a Sogipa receberia em abril, foi a grande perda para o clube", lamenta Carlos Wüppel.
 

Crescer na adversidade

José Naja Neme da Silva, presidente do Grêmio Náutico União

José Naja Neme da Silva, presidente do Grêmio Náutico União


/JOÃO MATTOS /DIVULGAÇÃO/JC
José Naja Neme da Silva, presidente do Grêmio Náutico União, diz que viveu um ano atípico em seu último período de mandato, afastado do convívio dos sócios e demais integrantes de sua diretoria. Naja reconhece que as coisas boas suplantaram em muito o sentimento de isolamento, e que não foi um ano totalmente perdido. Para a administração manter a estabilidade financeira do clube, visando ao futuro, foi o maior desafio. "Apesar da perda de receita das locações de espaços físicos e cancelamento das escolinhas esportivas infantis, obras importantes foram tocadas como o elevador e a reforma da academia, ambos na sede Alto Petrópolis, que serão entregues em outubro", acrescenta. Um dos aspectos mais importantes foi constatar a fidelidade dos sócios, que apesar de afastados fisicamente do União, continuaram pagando suas mensalidades, como forma de apoiar o Grêmio Náutico União e manter a parceria com o clube de 114 anos.

Anos incríveis

Marcelo Corrêa da Silva, presidente da Associação Leopoldina Juvenil

Marcelo Corrêa da Silva, presidente da Associação Leopoldina Juvenil


/NÍCOLAS CHIDEM/JC
Marcelo Corrêa da Silva, presidente da Associação Leopoldina Juvenil, faz um balanço de como tem sido o ano de 2020 até agora: "Estou nos últimos meses da minha gestão como presidente na ALJ, e gerir o clube neste ano vem sendo um desafio que nunca imaginei. Os obstáculos surgem em quantidade imensa e a todo momento. Meus parceiros de gestão, membros da diretoria, ex-presidentes, conselheiros, sócios e colaboradores têm me dado um suporte fundamental para que o clube possa passar por mais este desafio histórico. Em 157 anos, o clube não havia ficado hermeticamente fechado por mais de uma semana. Neste ano, passamos de dois meses nesta situação. O interessante é que, apesar da distância física dos associados, nunca me senti tão próximo deles, graças às inúmeras ações que nos conectaram ainda mais. Enfim, não foi uma gestão fácil, mas foram dois anos incríveis", comemora.