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Observador

- Publicada em 25 de Junho de 2018 às 22:15

Aproveitamento dos rios

De Colônia, Alemanha
De Colônia, Alemanha
O Rio Grande do Sul se volta de novo a sua excelente estrutura de rios, hoje quase inaproveitada. Já houve várias tentativas para torná-la útil, reduzindo o custo da cadeia logística, superior a 20% do PIB gaúcho, segundo o presidente da Agenda 2020, Humberto Busnello, ante 8% de países desenvolvidos e 12% de alguns estados brasileiros. A tentativa mais recente e que mais avançou foi com o governo da Holanda, para criação de um plano diretor hidroviário. Agora, a atenção se volta à Alemanha, ao Duisport, de Duisburg, o maior do mundo. Seu principal executivo, Erich Staake, esteve no começo deste mês em Porto Alegre, participando do 6º Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística da Câmara Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul, segundo o presidente Marcos Coester. Na ocasião, ele fez um convite oficial ao governo estadual para uma visita ao porto, o que acontecerá na tarde desta terça-feira, aproveitando a presença da delegação gaúcha no EEBA em Colônia, liderada pelo vice-governador José Paulo Cairoli.
Talheres Tramontina
Comovente a entrega do Prêmio Personalidade Brasil-Alemanha ao presidente da Tramontina, Clóvis Tramontina, na noite deste domingo, em Colônia, no jantar de abertura do Encontro Econômico Brasil-Alemanha. Caminhando com dificuldade devido à sua doença, recebeu a todos com sua costumeira simplicidade e simpatia. Mas disse estar triste pelo fato de os talheres do jantar não serem Tramontina. O outro premiado foi Hermann Scholl, da Bosch.
Os três temas vitais
O discurso denso e forte do presidente da BDI (a CNI alemã), Dieter Kempf, destacou como temas importantes, na relação dos dois países, a infraestrutura dos transportes (visível na greve dos caminhoneiros), energias renováveis com atenção especial para a eficiência e a digitalização, ou indústria 4.0, na qual a Alemanha é um dos líderes e pode oferecer softwares nos produtos.
Acreditar no Brasil
Não há como não acreditar no Brasil, com seu potencial e pensando a longo prazo - foi a pronta resposta de Andreas Renschler, da Volkswagen, à provocação da mediadora de um painel do qual participou. "Há 10 anos, seria impensável alguém projetar a atual luta contra a corrupção, feita por jovens, que querem mais da democracia", afirmou.
Redução da burocracia
Provocada pela mediadora de painel, a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Yana Dumaresq, deu exemplos de redução da democracia no seu ministério. Como o portal único do comércio exterior, que diminuiu em 50% o tempo da tramitação aduaneira; e a abertura de empresas de baixo risco, que recuou em São Paulo de 100 para sete dias.
Bitributação, Mercosul e Copa do Mundo
Do que mais se falou na manhã do primeiro dia do Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em duas horas de discursos da abertura oficial, foi sobre a não renovação do acordo de bitributação entre Alemanha e Brasil, rescindido há quase 13 anos. Já em relação ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia, em negociação há 20 anos, houve várias manifestações, inclusive do embaixador brasileiro em Berlim, Mário Vilalva, de que sua assinatura poderá agora ser anunciada em semanas. Aliás, alguns palestrantes pediram urgência para contrapô-lo à política individualista de Donald Trump, antes que o presidente dos Estados Unidos faça escola. Entremeado a tudo, não poderia faltar a Copa do Mundo, na qual o sofrimento do gol na prorrogação tem sido comum aos dois países.
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