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NRF 2022

- Publicada em 16 de Janeiro de 2022 às 16:07

Ponto físico, logística e força de trabalho desafiam varejo em 2022

Primeira edição presencial na pandemia, NRF 2022 em Nova York começa com reforço de cuidados

Primeira edição presencial na pandemia, NRF 2022 em Nova York começa com reforço de cuidados


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
As dores e expectativas do varejo dos Estados Unidos para 2022 são muito parecidas ou as mesmas que as do Brasil. Atendimento do consumidor no ponto físico, estrutura e agilidade logística e suprimento de mão de obra são listados como desafios para vencer este ano, que apresenta demanda aquecida e ainda custo mais alto, ou seja, inflação. Isso nos Estados Unidos, segundo executivos que abriram a primeira NRF pós-pandemia.  
As dores e expectativas do varejo dos Estados Unidos para 2022 são muito parecidas ou as mesmas que as do Brasil. Atendimento do consumidor no ponto físico, estrutura e agilidade logística e suprimento de mão de obra são listados como desafios para vencer este ano, que apresenta demanda aquecida e ainda custo mais alto, ou seja, inflação. Isso nos Estados Unidos, segundo executivos que abriram a primeira NRF pós-pandemia.  
A maior feira do setor no mundo, a NRF Retail's Big Show, que começou neste domingo (16), no centro de eventos Jacob Javits, em Nova York, mostra ainda um ambiente repleto de cuidados, com controle de vacina, testes de graça para participantes e equipes de apoio que percorrem os espaços com toalhinhas e produtos para desinfecção. A organização estimou em 22 mil participantes. Outras edições atraíam mais de 30 mil pessoas, entre varejistas de todo o mundo, expositores e palestrantes.
"A nova normalidade é diferente", resumiu John Furner, presidente da NRF, a federação nacional do varejo dos EUA, e CEO do Walmart. Furner abriu os três dias de um cardápio farto de conferências, encontros e mostra de soluções com uma mensagem de otimismo sobre o nível da atividade no País, garantindo que as empresas estão buscando formas de dar conta das contingências e vendo consumidores que buscam "experiência ininterrupta do mundo físico e virtual".
"Estamos buscando formas mais convenientes de compra e experiência mais imersiva, mais social e mais humana", resumiu o CEO sobre a demanda  que está sobre o comércio. O recado passa muito por pouco contato, e Furner indicou pesquisa da consultoria Deloitte que mostrou que metade dos consumidores do mundo já tentaram compras em checkout sem operador. "As pessoas esperam um consumo sem contato", advertiu o executivo.
Ele ainda admitiu que incerteza sobre impactos da pandemia, em função da variante Ômicron, está presente. Nos Estados Unidos, a cobertura da vacinação da Covid-19 é o problema, pois está um pouco acima de 60% com as doses necessárias. "Precisamos de 70% para ter imunização de rebanho", indicou. Os jovens são a faixa da população que mobilizam empresas para conscientização sobre a busca das doses. Ter a cobertura adequada é condição até mesmo para ver um fluxo maior nos pontos físicos.   
O CEO da Target, rede de departamentos dos EUA, Brien Cornell, pontuou itens que terão de ser melhorados, como o abastecimento, que teve problemas na retomada em 2021, com demandas em logística, cuja estrutura e agilidade ficaram devendo. Também a pressão da inflação no país e falta de mão de obra foram colocados na lista de variáveis que vão afetar o setor. Estima-se, diz Cornell, que haja um milhão de vagas para preencher.
"O importante é ver como o consumidor reagiu e voltou a comprar", indicou o CEO da Target, como o outro lado do cenário. "Colocamos o olho na flexibilidade, adaptabilidade e no consumidor para fazer ajustes", citou o executivo, como habilidades que foram acionadas para lidar com o segundo e agora o terceiro ano de pandemia. "Queríamos uma bola de cristal para saber o que vai acontecer no primeiro semestre, devido aos impactos da variante."
No final, Cornell reforçou que o setor precisa se equilibrar entre o amor do consumidor em estar na loja (física) e a segurança de entrega sem contato. "Mas uma coisa é certa: as pessoas vão à loja física, mas vão aproveitar o canal digital", advertiu. 
A visão dos norte-americanos segue o que o setor vive no Brasil. Na NRF 2022, integrantes da comitiva gaúcha com Sebrae-RS, CDL Porto Alegre, Sindilojas-POA e Fecomércio-RS, além de empresas, narram as mesmas mediações, entre a volta do presencial e um cuidado maior com segurança, menos contato e sustentabilidade. Dois temas monopolizam o grupo:
"Como está sendo a digitalização no varejo daqui", diz Irio Piva, presidente da CDL-POA. "O presencial surge como uma questão importante. Queremos saber as respostas de como lidar com isso", acrescenta Ayrton Ramos, diretor técnico do Sebrae-RS.
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