Sem Facebook, WhatsApp e Instagram, o que fazer? O
apagão de mais de seis horas das redes sociais que pertencem ao mesmo grupo serve de alerta e de lição. O especialista em varejo e consultor do Sebrae-RS Fabiano Zortéa provoca empreendedores a voltar ao mundo físico e real: a relação presencial com os clientes, antes que as redes saiam do ar de novo.
"É uma oportunidade de aproveitar o momento de pausa (incontrolável, devido à queda das redes) para potencializar outros canais. O físico ainda é o meio onde ocorrem a maior parte das vendas no Brasil", reforça Zortéa.
Buscar saídas, ou ter na manga alternativas - que é o que as duas fontes a seguir vão traçar -, é vital. A Loja Integrada, plataforma para criar frentes de venda digital, apurou em pesquisa entre maio e junho com sua base, ou seja, antes do crash das redes, que 75% dos pequenos e médios lojistas usam o WhatsApp como canal direto de vendas e 68% disseram que o aplicativo é a principal ferramenta de atendimento.
Confira a seguir mais detalhes das sugestões puxadas pelo consultor do Sebrae-RS, que em janeiro vai liderar
grupo gaúcho na maior feira de varejo do mundo, e outros especialistas que enviaram suas recomendações por e-mail à coluna - sim, porque o e-mail não saiu do ar:
Fabiano Zortéa, especialista em varejo e consultor do Sebrae-RS:
A estratégia principal e a oportunidade, a partir da pausa na relação digital provocada por algo incontrolável (saída do ar das ferramentas) e em que há uma sensibilidade do cliente, é o contato presencial. A empresa pode fazer isso três formas:
A primeira é fazendo uma ligação por telefone e surpreendendo o consumidor, abordando a dificuldade que atinge todos e oferecendo ajuda. Isso tem um alto poder de conexão.
A segunda, que é mais sutil, é enviar mensagem por SMS, lembrando que o atendimento se mantém na loja física. Também aproveite para falar de alguma promoção e novidade, como um curso ou até mesmo alguma atividade de interação, que faça sentido para a pessoa no local onde está o negócio. Dependendo do produto, pode ter abordagem mais humanizada, o que traz afetividade, que tem tudo a ver com a oportunidade da pausa no digital.
A terceira ação pode ser enviar um e-mail com o mesmo contexto já citado, com algum outro elemento, com um vídeo que fale de como a empresa está ao lado do cliente.
O momento de pausa é oportunidade para aproveitar e resolver uma dor social, que é o contato físico, a afetividade, a coletividade. Acredito muito que o varejo pode ser um grande solucionador. Na carona disso, a empresa pode colocar produtos e serviços.
Aline Bak, especialista em marketing de influência e estrategista de marketing digital:
1. Abra sua conta no Telegram, concorrente direto do WhatsApp, para se comunicar com seus contatos e evitar perder vendas. Os contatos da agenda do smartphone podem ser passados facilmente para o aplicativo de origem russa. O Telegram permite compartilhar fotos e vídeos e criar grupos.
2. Use o bom e velho e-mail. As listas de e-mails continuam sendo fundamentais, sobretudo em casos de panes em redes sociais. Mantenha sempre sua relação de e-mails atualizada para conseguir restabelecer um canal de conversa ou de venda rapidamente.
3. Invista em outras plataformas: o Tik Tok apresenta excelente taxa de entrega, se comparado aos algoritmos do Facebook e do Instagram. O Twitter, Pinterest, Linkedln e YouTube são também extremamente relevantes. A escolha de um ou outro deve ser ser pautada pela atividade e necessidade profissional. Pinterest: maravilhoso para arquitetos, consultoras de imagem e de estilo. Twitter: é ótimo para mensagens rápidas. Linkedln: possibilita conexões entre profissionais. YouTube: postagem de vídeos com novidade com até 60 segundos.