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Minuto Varejo

- Publicada em 11 de Agosto de 2021 às 17:09

Natal e riscos da pandemia: 'Consumidores estão baixando a guarda', alerta Sindilojas

Sindicato alerta que consumidores estão descuidando e deixando de lado itens como a máscara

Sindicato alerta que consumidores estão descuidando e deixando de lado itens como a máscara


MARIANA ALVES/JC
Patrícia Comunello
A luz amarela de preocupação está acesa entre dirigentes lojistas de Porto Alegre. A razão? O risco de nova aceleração da pandemia e o que isso pode significar para o varejo e os demais setores da economia. O alerta se eleva porque eventual reativação do fechamento de estabelecimentos seria "catastrófico", ainda mais que as encomendas para o Natal estão quase finalizadas, avisa o presidente do Sindilojas da Capital, Paulo Kruse. 
A luz amarela de preocupação está acesa entre dirigentes lojistas de Porto Alegre. A razão? O risco de nova aceleração da pandemia e o que isso pode significar para o varejo e os demais setores da economia. O alerta se eleva porque eventual reativação do fechamento de estabelecimentos seria "catastrófico", ainda mais que as encomendas para o Natal estão quase finalizadas, avisa o presidente do Sindilojas da Capital, Paulo Kruse. 
"Agora parece que tudo terminou (pandemia), mas ela não foi erradicada em nenhum lugar do mundo", avisa Kruse. "Proprietários do comércios e outros serviços como restaurantes reclamam que precisam exigir que as pessoas cumpram o protocolo, pois não estão seguindo. Isso é uma ameaça e perigo", reforça o presidente da entidade lojista.
"O comércio não está baixando a guarda, quem está baixando são os consumidores", lamenta Kruse, que sinaliza que a consciência e o cuidado precisam entrar em campo. O que gera o alarde é o aumento de casos de Covid-19 em outros lugares do mundo, registro da variante Delta no Brasil, incluindo no Estado, e até surtos em hospitais da Capital, que geram mortes no Hospital Conceição. O Hospital de Clínicas confirmou surto nesta quarta-feira (11).
Segundo o presidente, a situação está sendo monitorada de perto. Kruse recorda que o impacto do comportamento mais agudo fora do Brasil costuma levar três meses para bater internamente. Por enquanto, cita ele, há crescimento de infecções, mas sem maior efeito aumento maior de mortes. Parte desse comportamento é relacionado com proteção gerada pela vacinação, diz o lojista.
"As empresas têm consciência de que os cuidados têm de ser mantidos para que não se tenha um novo fechamento. Isso, sim, será catastrófico para todos."
O assunto foi o principal tema da reunião de rotina com a direção e conselheiros do Sindilojas nessa terça-feira (10). "Não era pauta, mas a pandemia virou o principal assunto", conta Kruse. Segundo o dirigente, o "clima é de preocupação entre todos".  

Fechamento indesejado, mas que pode ressurgir, admite dirigente

O setor não quer nem pensar em fechamentos como os registrados no começo da pandemia, no fim de 2020 e entre março e abril. O Estado e Porto Alegre, principalmente no ano passado, foram um dos locais com maior rigor nas restrições e no tempo duração no País. Esta condição é apontada como decisiva para o desempenho do próprio varejo gaúcho com indicadores de retomada, mas com fôlego mais fraco que a média brasileira. 
"Recém estamos tendo algumas liberdades e o comércio e outras atividades se recuperando. Se começar a fechar de novo, as empresas não têm como aguentar", sinaliza o dirigente. Mas Kruse admite que, se a situação indicar agravamento de casos com mais hospitalizações e mortes, pode ser que as restrições tenham de ser ativadas.
Mas o presidente do Sindilojas apela para que não se gere alarde antecipado, pois este tipo de mensagem também pode provocar efeitos negativos, como cautela dos consumidores nas compras e menos vendas para o setor. Para Kruse, o caminho é pedir cuidados, evitar aglomeração e usar a máscara: 
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Fechamentos ocorridos nos períodos mais críticos da pandemia em 2020 marcaram o setor. Foto: Luiza Prado/JC
"O governo estadual deu sinais de cuidado. Não podemos nos atirar e fechar. O resultado no impacto das vendas é muito rápido".
Sobre a conduta da prefeitura de Porto Alegre na ação na pandemia, o dirigente avalia que as medidas estão sendo adotadas, como a aceleração da vacinação e oferta de testes. A atual gestão tem uma linha mais pragmática, tentando aliar a atividade econômica e o combate ao vírus. O governo de Nelson Marchezan Júnior (PSDB, 2017-2020) foi mais rigoroso nas restrições.
Kruse diz que seguem as reuniões das entidades com as áreas técnicas da saúde e acha que tem de gerar muito alarme. 

Natal e endividamento estão na ordem do dia do varejo

Dois elementos povoam a pauta do varejo na reta final de 2021, principalmente se nada mudar nas condições de funcionamento. Paulo Kruse lembra que a geração de caixa é crucial para que as empresas possam quitar compromissos. O endividamento aumentou desde 2020 para suportar os períodos sem vendas:
"Muitos conseguiram sobreviver, pois acessaram recursos financeiros com custo mais baixo, como o Pronampe, mas agora têm de pagar a conta", projeta o dirigente.
O segundo componente nos negócios é a preparação para o Natal. As encomendas para reforçar e ofertar novos produtos estão na reta final e devem ser concluídas até meados de setembro. Mercadorias vão começar a ser despachadas para o destino. A estimativa é de alta nominal de até 15% na comercialização na data em relação a 2020. Além disso, um pouco antes tem a Black Friday, que ganhou espaço na agenda dos consumidores.
"A expectativa é de um bom Natal. Imagina se tiver outro fechamernto. Isso muda todo o panorama das empresas que fizeram compras com antecedência. É preocupante", associa Kruse.
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