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Mercado Digital

- Publicada em 18 de Maio de 2022 às 18:05

Cresce número de empreendedores de segunda viagem no País

Aposta em novos empreendimentos mostra evolução do ecossistema brasileiro

Aposta em novos empreendimentos mostra evolução do ecossistema brasileiro


AdobeStock/Divulgação/JC
Apesar de o ecossistema de inovação ser recente no Brasil, já existem empreendedores de segunda viagem apostando em novos negócios com base tecnológica. É o que aponta a pesquisa Panorama Founders Report, realizada pela plataforma de inovação Distrito em parceria com o fundo Maya Capital.
Apesar de o ecossistema de inovação ser recente no Brasil, já existem empreendedores de segunda viagem apostando em novos negócios com base tecnológica. É o que aponta a pesquisa Panorama Founders Report, realizada pela plataforma de inovação Distrito em parceria com o fundo Maya Capital.
Os dados coletados mostram que cerca de 30% dos fundadores de startups do País já haviam participado da criação de outra startup anteriormente. Além disso, 66,8% dos empreendedores do setor declararam que já estavam inseridos no ecossistema de startups.
O CEO do Distrito, Gustavo Gierun, comenta que os dados sinalizam o amadurecimento do mercado de inovação do Brasil. “Ter empreendedores de segunda viagem é um ótimo sinal para o ecossistema. Significa que temos um ciclo virtuoso que impulsiona novos negócios”, afirma.
Quanto à idade, o levantamento mostra que 80% dos fundadores de startups brasileiras têm entre 25 e 44 anos. Fundadores com menos de 25 e mais de 50 anos são mais raros, com 5,5% e 8,6% respectivamente.
Ao mesmo tempo, cerca de 95% dos empreendedores do setor têm hoje um alto nível de escolaridade, com pós-graduação – ou seja, são quase nulos os empreendedores com menor escolaridade que conseguem conquistar um espaço no mercado. Assim, o recorte dos fundadores de startups destoa da realidade mais ampla do país: segundo dados do INEP, apenas 21% dos adultos entre 25 e 34 anos possuem ensino superior.
Gierun destaca o nível de escolaridade dos fundadores, que contribui para os resultados positivos do setor. “Esses dados reforçam a importância de investir em educação e nas políticas de acesso às universidades pelas classes populares e demais grupos historicamente excluídos. Com isso, o mercado de inovação será mais acessível”, acredita.
O estudo traz ainda as percepções dos fundadores de startups sobre o cenário de investimentos. Mais da metade dos empreendedores consultados (considerando apenas os que já captaram investimento privado) prioriza o bom relacionamento com o investidor e um alinhamento em termos de cultura – para os fundadores, esses aspectos subjetivos são mais importantes que tópicos práticos relacionados ao dia a dia do negócio.
Sobre o processo de captação, 38,5% dos fundadores conseguiram capital por meio de um contato proativo, buscando ativamente o fundo que viria a ser investidor. O caminho inverso, com o fundo fazendo o contato diretamente com o empreendedor, é a segunda forma mais comum, com 28,6% das respostas. Independentemente do processo, cerca de 57% dos empreendedores declararam não ter encontrado dificuldades para levantar investimento privado.
“A América Latina, principalmente o Brasil, evoluiu muito em relação à cadeia de investimentos, com diversos fundos locais e internacionais atuando na cadeia completa, do early stage ao late stage. Hoje, os empreendedores já têm a opção de escolher o investidor parceiro”, destaca a cofundadora da Maya Capital, Lara Lemann.
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