Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado Digital

- Publicada em 03 de Novembro de 2021 às 22:14

Brasil inicia jornada do 5G atrasado, mas nem tanto

Se todas as faixas forem arrematadas, o certame deverá movimentar R$ 50 bilhões

Se todas as faixas forem arrematadas, o certame deverá movimentar R$ 50 bilhões


AdobeStock/Divulgação/JC
Demorou, mas chegou o dia. Depois de alguns adiamentos, hoje (4) acontece o leilão das frequências do 5G no Brasil pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As grandes operadoras estão no páreo, como Vivo, TIM e Claro, assim como fundos de investimentos, empresas regionais e players de Internet das Coisas (IoT). “Temos 15 participantes, o que é um resultado muito bom, pois indica que conseguiremos ampliar o número de operadoras móveis no Brasil”, avalia o presidente do Teleco, Eduardo Tude.
Demorou, mas chegou o dia. Depois de alguns adiamentos, hoje (4) acontece o leilão das frequências do 5G no Brasil pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As grandes operadoras estão no páreo, como Vivo, TIM e Claro, assim como fundos de investimentos, empresas regionais e players de Internet das Coisas (IoT). “Temos 15 participantes, o que é um resultado muito bom, pois indica que conseguiremos ampliar o número de operadoras móveis no Brasil”, avalia o presidente do Teleco, Eduardo Tude.
Em 2021, o mundo deverá chegar a 692 milhões de redes 5G. Ásia, Estados Unidos e Europa lideram a corrida. O Brasil está atrasado? Para Tude, o país acompanha o ritmo da América Latina, que vem sempre um pouco atrás destas outras regiões. “Geralmente China e EUA geram volume de smartphones o que acaba tornando estes dispositivos mais acessíveis à população e, com isso, facilitando a difusão também por aqui”, comenta.
Se todas as faixas forem arrematadas, o certame deverá movimentar R$ 50 bilhões. Desse total, R$ 47 bilhões se referem aos compromissos a serem assumidos pelas vencedoras com implementação das redes e R$ 3 bilhões em pagamento de outorgas que vão para os cofres públicos.
São quatro frequências. A 700 MHz (uma sobra do 4G), a de 2,3 GHz (pouco usada no mundo), a 3,5 GHz (mais usada no mundo e onde estão os smartphones mais acessíveis) e a 26 GHz, complemento da anterior.
A licitação prevê que as empresas comecem a oferecer o 5G até 31 de julho de 2022, mas o cumprimento desse compromisso e a qualidade do serviço dependem, também, dos próprios municípios.
“O que atrasa a disponibilidade o mais imediata possível é essa limpeza que precisa ser feita na frequência de 3,5 GHz, que ainda é usada pelas antenas parabólicas, que deverão migrar para outra faixa. Mas, a expectativa é que, nas capitais, o 5G já seja uma realidade no próximo ano”, aposta Tude. Já em todo Brasil, esse processo de migração deverá estar finalizado até 2028.
Segundo o especialista, o usuário final já poderá se beneficiar, e muito, dessa primeira versão. Já as aplicações empresariais mais robustas, ainda terão uma caminhada pela frente. “O 5G está evoluindo no mundo todo. Em 2021 estamos no release 16 e, para 2022, teremos o de número 17, que vai introduzir novas particularidades para viabilizar novas aplicações”, relata Tude.

Os números do 5G

O impacto da quinta geração resultará em um valor econômico global de US$ 13 trilhões e 22,3 milhões de empregos gerados até 2035 (Fonte: IHS Markit).
Só nos EUA, as redes 5G podem criar cerca de 4,5 milhões de empregos e adicionar cerca de US$ 1,5 trilhão ao PIB do país
A indústria deverá ter incremento de 380 mil empregos e contribuirá com US$ 165 bilhões para o PIB e a saúde gerará 341 mil novos empregos e contribuirá com US$ 104 bilhões para o PIB (Boston Consulting Group)
As conexões 5G globais chegaram a 429 milhões no segundo trimestre de 2021, aumento de 41% em relação ao primeiro trimestre.
São mais de 180 redes comerciais implantadas em todo o mundo. (Fonte 5G Americas)
As remessas globais de aparelhos devem subir para 424,5 milhões de unidades em 2023, segundo projeções da RootMetrics.