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Mercado Digital

- Publicada em 31 de Outubro de 2021 às 21:28

Tecnologia potencializa cura em casos de câncer de mama

Especialistas em saúde e convidados participaram de evento no Instituto Caldeira

Especialistas em saúde e convidados participaram de evento no Instituto Caldeira


ANDRESSA PUFAL/JC
Principal causa de câncer nas mulheres, com 66 mil novos casos estimados por ano, o câncer de mama está sendo vencido, aos poucos, pela tecnologia. Hoje em dia, 95% das mulheres são diagnosticadas com doença localizada e a taxa de cura fica entre 85% a 95%.
Principal causa de câncer nas mulheres, com 66 mil novos casos estimados por ano, o câncer de mama está sendo vencido, aos poucos, pela tecnologia. Hoje em dia, 95% das mulheres são diagnosticadas com doença localizada e a taxa de cura fica entre 85% a 95%.
“Os novos tratamentos dos últimos 10 anos estão diminuindo muito a mortalidade de câncer de mama no mundo. Existem diversas drogas inovadoras, como a imunoterapia, que estimula as defesas da pessoa a reconhecer e destruir o câncer, e soluções digitais que facilitam o acesso e fluxo de cada paciente no sistema de saúde”, aponta Gustavo Werutsky, oncologista especialista em câncer de mama do Hospital São Lucas, da Pucrs, e chair do Latin American Cooperative Oncology Group.
O especialista participou ontem do evento Inovação e Saúde, que aconteceu no Instituto Caldeira e debateu as novas tecnologias no tratamento e diagnóstico do câncer de mama. Ele destacou o uso de soluções digitais para possibilitar, por exemplo, que o paciente receba no seu telefone mensagens alertando sobre a necessidade de fazer a mamografia, por exemplo, bem como de conferir os resultados.
“Sistemas de saúde inteligentes conseguem ajudar as pessoas com sintomas a se organizarem para fazer todos os exames na data certa e, assim, a chegar a um diagnóstico o mais rápido possível”, comenta Werutsky. O mesmo vale para o pós-tratamento, em que aplicativos permitem a fácil interação entre o paciente e o serviço de saúde, ajudando-o a manejar os sintomas e, assim, até aumentar a sobrevida.
Além da digitalização, novas tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) e a robótica cada vez mais permitirão diagnósticos mais precoces e o aprendizado das máquinas para entenderem que lesões são suspeitas e qual a probabilidade de se tornarem câncer. “Com isso, em um País com o Brasil, que não tem laboratórios e hospitais em todos os lugares, conseguiremos centralizar essas informações em locais de alta complexidade e fazer diagnósticos para esses pacientes mesmo remotamente”, ressalta.
Uma das soluções que está ajudando, e muito os pacientes com câncer, e a da Tummi, startup gaúcha. A plataforma de monitoramento remoto do paciente oncológico criada pela empresa garante maior assertividade ao tratamento. O sistema permite o monitoramento dos sintomas e o envio de reportes das emoções sentidas diariamente pelos pacientes.
O app conta com um algoritmo médico especializado para acompanhamento. “A nossa meta é conseguir reduzir o risco do tratamento oncológico e as complicações graves através de uma plataforma que tem um algoritmo médico que permite que os pacientes recebam retorno imediato sobre a gravidade do que estão enfrentando”, comenta a médica oncologista especializada em cânceres de mama e criadora da plataforma Tummi, Alessandra Morelle.
Ela participou do evento direto do Texas, nos Estados Unidos, onde a heatlhtech passa por um processo de aceleração e vai iniciar o primeiro estudo clínico lá. A empreendedora conta que a startup cresceu muito durante a pandemia. “Já vínhamos trabalhando a conexão dos pacientes com as equipes de saúde desde 2018 e, com a Covid-19, isso foi potencializado pela necessidade de as pessoas usarem esses canais digitais e também pela flexibilização das questões regulatórias, observa.
O evento realizado no Caldeira contou ainda com a participação da consultora de comunicação social e inovação na área da saúde, Júlia Presotto, a jornalista Alice Bastos e o oncologista André Fay.
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