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Mercado Digital

- Publicada em 11 de Agosto de 2021 às 22:01

Com fase dois, open banking deve potencializar novos serviços

Etapa tira exclusividade do banco onde cliente tem conta, alerta Elisa

Etapa tira exclusividade do banco onde cliente tem conta, alerta Elisa


JEFFERSON BERNARDES/AG/DIVULGAÇÃO/JC
A expressão inovação disruptiva, definitivamente, cai com uma luva para o setor financeiro. Na esteira das transformações que estão acontecendo no mercado na direção do digital, que já conta, por exemplo, com as primeiras experimentações do uso da infraestrutura de blockchain e do PIX, agora é o Open Banking o astro do momento, prometendo criar uma nova relação entre os clientes e a instituições financeiras.
A expressão inovação disruptiva, definitivamente, cai com uma luva para o setor financeiro. Na esteira das transformações que estão acontecendo no mercado na direção do digital, que já conta, por exemplo, com as primeiras experimentações do uso da infraestrutura de blockchain e do PIX, agora é o Open Banking o astro do momento, prometendo criar uma nova relação entre os clientes e a instituições financeiras.
Nesta sexta-feira (13), entra em ação a segunda das quatro fases do Open Banking, que permitirá o compartilhamento padronizado de dados pessoais pelas instituições participantes. Nesta etapa, os participantes registrados no Open Banking poderão trocar dados de cadastros e transações de clientes entre eles.
Isso significa o compartilhamento das informações de cadastro (como nome, endereço, renda e CPF), bem como dados de movimentação financeira (informações sobre contas, cartão de crédito e operações de crédito, como empréstimos e financiamentos). Tudo apenas mediante o consentimento do cliente.
A diretora da PwC Brasil, Elisa Simão, comenta que essa segunda fase, ao prever o compartilhamento dos dados, promove a abertura do sistema financeiro, tirando a exclusividade da instituição da qual o cliente é correntista na oferta de serviços financeiros.
“Na medida em que isso acontece, deveremos ter produtos mais assertivos e uma atuação de players que não são apenas os tradicionais do setor financeiro, mas também das fintechs e das empresas financeiras mais regionalizadas, que agora poderão atuar em novas praças”, comenta. Um exemplo é o surgimento no mercado de soluções que façam a comparação entre produtos e serviços, como um aplicativo que compare produtos e taxas cobradas entre diferentes instituições.
Melhor acesso ao crédito e maior possibilidade de acerto pelas instituições financeiras da avaliação de crédito e dos limites que podem ser concedidos aos clientes são alguns dos maiores benefícios da fase dois do Open Banking, segundo a especialista.
“Às vezes, o cliente recebe um crédito com valor inferior a sua capacidade de pagamento, pois as informações que as instituições tinham eram limitadas pela sua base de dados. Na medida em que agora, com consentimento dos clientes, eles passarem a ter contato com as demais, deveremos ter melhor acesso ao crédito e maior assertividade nas avalições”, projeta Elisa.
Na prática, o consumidor poderá conectar sua conta bancária a um aplicativo que analisará sua vida financeira, resultando em sugestões de investimentos ou até mesmo na recomendação de produtos e serviços mais personalizados e com condições que melhor se adaptem à sua necessidade. Outra possibilidade é reunir em um único aplicativo os dados de contas em diferentes instituições, consolidando as informações e proporcionando ao consumidor uma melhor visão de toda a sua vida financeira.
De acordo com o cronograma da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a terceira fase de implementação, prevista para começar no final de agosto, deve introduzir o pagamento de contas e a realização de transferências bancárias fora do internet banking ou do aplicativo do banco, por meio de um aplicativo intermediário. A partir do dia 30, as transferências via Pix serão as primeiras a permitirem estas transferências eletrônicas através do Open Banking.
A quarta fase começará em 15 dezembro de 2021 e deverá envolver o compartilhamento dos demais dados financeiros do cliente, como os de produtos e serviços de operações de câmbio, investimentos, seguros e contas-salário. Mas, essa etapa ainda está em discussões.
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