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Mercado Digital

- Publicada em 09 de Agosto de 2021 às 11:01

Com mercado mais maduro, Brasil se prepara para mega rodadas de investimentos

Araujo cita que depois dos Estados Unidos e da China, foco dos investidores está no Brasil

Araujo cita que depois dos Estados Unidos e da China, foco dos investidores está no Brasil


Paulo Henrique Teodoro/Divulgação/JC
Os próximos meses e anos devem ser marcados por mega rodadas de investimentos em startups no Brasil, que podem chegar a US$ 400 milhões. A projeção é do CEO da Distrito, Gustavo Araujo, com base nos movimentos que estão acontecendo no mercado brasileiro.
Os próximos meses e anos devem ser marcados por mega rodadas de investimentos em startups no Brasil, que podem chegar a US$ 400 milhões. A projeção é do CEO da Distrito, Gustavo Araujo, com base nos movimentos que estão acontecendo no mercado brasileiro.
“Depois de uma década, o nosso ecossistema está muito mais maduro, por isso deveremos começar a ter cada vez mais eventos de liquidez, IPOs, vendas estratégicas das startups e super rodadas de capitalização”, comenta.
Dados de julho do Inside Venture Capital Report, relatório mensal produzido pelo Distrito, apontam para a realização de 44 rodadas, totalizando um total de US$ 484,4 milhões investidos. Isso evidencia que os negócios seguem acelerando na direção das startups que estão conseguindo construir valor, escalar e, assim, despertar interesse dos investimentos.
O valor total foi mais de quatro vezes superior ao investido no mesmo mês no ano passado, quando chegou a US$ 102,1 milhões. Araujo comenta que esse incremento mês a mês dos aportes nas startups está acontecendo em função da aceleração da digitalização.
Um movimento que acontece com o consumidor final, que faz mais compras on-line, usa motorista de app e faz mais transações nos bancos digitais, e com as empresas, que tiveram que partir para omnicanalidade e trabalho remoto. “A transformação já aconteceu nos Estados Unidos e na China e agora a maior oportunidade do mundo está no Brasil, por isso, muitos Venture Capitals (VC) globais estão vindo para cá”, analisa.
São VCs que ganharam muito dinheiro nesses mercados e agora passam a mirar o mercado brasileiro. “Temos ainda a criação de novos venture capitals, especialmente os que investem em nicho, e outros players olhando para esse mercado, como XP”, complementa.
O levantamento da Distrito mostra que os maiores aportes em julho foram os US$ 170 milhões captados pelo Daki em uma rodada Series A, os US$ 58,6 milhões captados pelo Blu em uma Series B e os US$ 49,3 milhões da Will.Bank, também em uma Series B. No geral, as fintechs foram responsáveis pelo maior número  de deals (14), mas as retailtechs levantaram mais recursos, alcançando US$ 191,6 milhões no período. "Esse número mostra um crescimento consistente das startups no Brasil. Definitivamente, o país faz parte do footprint global das empresas de tecnologia", diz Gustavo Gierun, cofundador do Distrito.
O relatório também mostra que as startups brasileiras captaram nos primeiros sete meses deste ano US$ 5,6 bilhões em 412 rodadas de investimentos, sendo 284 early stage e 128 late stage. “Devemos esperar neste ano recordes absolutos, com uma presença de VCs duas e três vezes maior que no ano passado”, projeta Araujo.
O Inside Venture Capital Report traz ainda uma análise sobre as fusões e aquisições entre as startups brasileiras. De acordo com o levantamento, foram 18 M&As ao longo do mês de julho. Destaque para as compras da Minuto Seguros e Volanty pela Creditas; para a Credpago adquirida pela Loft; para o Repassa, adquirido pelas Lojas Renner; e pelo Guiabolso, comprado pelo PicPay.
No ano, o acumulado chega a 134 fusões e aquisições realizadas entre janeiro e julho. Fintechs (25), Retailtechs (22) e Martechs (17) são os setores mais procurados. Para efeitos de comparação, o ano de 2020 concentrou um total de 163 transações do tipo ao longo de seus 12 meses.
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